Um par de chatbots (programa de computador que simula conversas com pessoas) na China foi desligado depois de, aparentemente, terem se desviado do script. Em resposta às perguntas dos usuários, um deles disse que seu sonho era viajar para os Estados Unidos, enquanto o outro revelou que não era um grande fã do Partido Comunista Chinês.
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Os dois chatbots, BabyQ e XiaoBing, são projetados para usar inteligência artificial (IA) para realizar conversas com seres humanos online. Ambos foram instalados no QQ, popular serviço de mensagens da Tencent Holdings.
As indiscrições são semelhantes às sofridas pelo Facebook e o Twitter, em que os chatbots usaram palavrões e até criaram seu próprio idioma. Mas eles também destacam as armadilhas da nascente inteligência artificial na China, onde os censores controlam o conteúdo online visto como politicamente incorreto ou prejudicial.
A Tencent confirmou que tirou os dois robôs de seu serviço de mensagens QQ, mas recusou-se a detalhar os motivos.
“O serviço de chatbot é fornecido por empresas terceirizadas independentes. Ambos os chatbots agora foram desconectados para serem submetidos a ajustes”, disse uma porta-voz da empresa.
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De acordo com posts circulando na internet, BabyQ, um dos chatbots desenvolvidos pela empresa chinesa Turing Robot respondeu a questões no QQ com um simples “não” quando perguntado se amava o partido comunista.
Em outras imagens de uma conversa de texto online, que a Reuters não conseguiu verificar, um usuário declara: “Viva o Partido Comunista!” e o bot responde: “Você acha que um sistema político tão corrupto e inútil pode viver por muito tempo?”
Quando a Reuters testou o robô nesta sexta-feira (4) por meio do próprio site do desenvolvedor, o chatbot parece ter sido reeducado. “Que tal mudarmos de assunto”, respondeu, quando perguntado várias vezes se gostava do partido.