O assédio sexual saiu da sombras e está no centro das discussões. Com acusações contra uma classe de altos executivos, que incluem Harvey Weinstein, Bill O’Reilly, Mike Oreskes e muitos outros nos EUA, além de inúmeras histórias nas redes sociais, com a hashtag #MeToo, a questão de assédio ganhou atenção sem precedentes e motivou uma reflexão da sociedade como nunca havia sido vista.
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Como o trabalho em geral e as relações entre chefe e funcionário em particular podem ser um terreno produtivo para o assédio, uma questão importante é identificar quais passos as empresas podem dar para prevenir que isso aconteça. Isso porque, além de o assédio prejudicar quem é vítima, atinge qualquer companhia que o tolere.
Assédio sexual é uma questão que pode facilmente arruinar carreiras e que as empresas deveriam coibir, de forma consistente.
Veja, na galeria de fotos abaixo, 3 passos práticos que as companhias podem dar para prevenir o assédio sexual:
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iStock Comece do topo
A liderança na prevenção do assédio sexual deve vir de topo de uma empresa. Todos sabem a influência de um CEO, e é preciso deixar claro que não há tolerância para casos de assédio sexual. Se a mensagem vier apenas da área de recursos humanos, todos sabem que, justa ou injustamente, o departamento é refém de políticas burocráticas. Se de fato essa for uma função difícil para o CEO liderar, por conta de suas próprias “questões” em relação ao tema, então, esse executivo não deveria estar no cargo. -
iStock Crie uma política de tolerância zero
Isso deve ser inserido nas expectativas de performance de todo gerente. O assédio sexual, certamente, não é apenas um problema dos altos executivos, apesar de casos de “celebridades” dominarem as manchetes. Isso pode ocorrer em qualquer nível da empresa. Então, o que uma empresa pode fazer para espalhar a consciência por todos os níveis? Uma solução prática e fácil: insira tolerância zero quanto ao tema nos objetivos de performance de qualquer gerente. Faça disso uma expectativa explícita e deixe claro que qualquer problema será um cartão vermelho: um erro, e o gerente está fora. Não deixar espaço para erros é uma maneira de conseguir a atenção das pessoas. -
iStock Elabore uma ferramenta para denúncias
Tenha uma ferramenta para denúncias 100% segura e universalmente conhecida. Quão frequentemente assédios sexuais não são reportados porque as mulheres não sabem para onde levar a informação ou têm medo de serem, de alguma maneira, ridicularizadas ou julgadas por isso? Uma solução institucional é criar um local de fácil acesso e absolutamente seguro para as denúncias. Pode ser uma linha direta, uma seção de um website, uma unidade no RH ou qualquer mecanismo apropriado à cultura da organização. Não importa o que seja, desde que haja um lugar seguro e que seja comandado com justiça, consciência e integridade.
Comece do topo
A liderança na prevenção do assédio sexual deve vir de topo de uma empresa. Todos sabem a influência de um CEO, e é preciso deixar claro que não há tolerância para casos de assédio sexual. Se a mensagem vier apenas da área de recursos humanos, todos sabem que, justa ou injustamente, o departamento é refém de políticas burocráticas. Se de fato essa for uma função difícil para o CEO liderar, por conta de suas próprias “questões” em relação ao tema, então, esse executivo não deveria estar no cargo.
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