Recentemente, duas pedras preciosas chamaram a atenção no noticiário internacional. Primeiro, a descoberta de uma esmeralda gigante e, logo depois, o anúncio de que a Rio Tinto iria disponibilizar para aquisição uma de suas raras gemas de diamantes vermelhos. Uma dessas notícias tem endereço nacional, pois a enorme rocha de esmeralda de incríveis 360 quilos e 1,30 metro de altura foi extraída da mina de Carnaíba, em Pindobaçu, cidade no norte da Bahia.
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O proprietário da gema gigante manteve segredo sobre o paradeiro da pedra que adquiriu da Cooperativa Mineradora. Não era de se esperar conduta diferente.
Entretanto, o que chama atenção nessa descoberta é a maneira como a pedra foi extraída. A tarefa exigiu a união de dez homens, trabalhando por uma semana 200 metros abaixo da superfície. Foi necessário um guincho para retirar a gema gigante da mina.
Estima-se que a esmeralda gigante tenha o valor de US$ 310 milhões
O resultado é uma peça bruta inteiriça que precisou apenas ser lavada para se livrar da sujeira, o que a valoriza ainda mais. Ainda sem avaliações oficiais, estima-se que a descoberta tenha o valor de US$ 310 milhões.
O proprietário da rara peça não demonstrou planos de colocá-la à venda. Diferentemente da mineradora Rio Tinto, que, do outro lado do mundo, revelou seu maior diamante Fancy Red em um evento em Nova York.
Um seleto grupo de colecionadores pôde conhecer a Argyle Everglow, a pedra preciosa de corte radiante de 2,11 quilates. A gema, medindo a metade de uma moeda de 1 centavo, foi a leilão durante o Argyle Pink Diamonds Tender – exibição anual dos diamantes mais raros da mina Argyle, na Austrália Ocidental, em outubro.
Cercado de sigilo, especulava-se que seu valor rondaria os US$ 10 milhões. De acordo com Josephine Johnson, gerente da mina, essa é uma “raridade entre as raridades”, pois diamantes vermelhos de tamanhos significativos raramente aparecem em leilões.
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Para se ter uma ideia, a última notícia que se tem de uma gema com essas proporções é de 2013. Na época, a pedra vermelha de 1,92 quilate foi vendida por cerca de US$ 3,2 milhões. Como se não bastasse, a mina Argyle Diamond, que produz 90% dos raros diamantes rosa do mundo, está programada para fechar até 2021. Ou seja, a fonte pode secar.
O BACCARAT DOS RELÓGIOS
O que dificilmente vai acabar são os cristais Baccarat, já que o valor deles está no trabalho humano aplicado de modo artesanal na fabricação das peças de transparência ímpar. A relojoaria Jaeger-LeCoultre utiliza a técnica centenária da companhia francesa em seu relógio Atmos.
O modelo, que recebe o material cristalino, é o Atmos 568, assinado pelo designer australiano Marc Newson. O que o diferencia são as linhas orgânicas e contínuas da caixa inteiramente de cristal Baccarat. Uma peculiaridade desse modelo merece ser mencionada: esse, e todos os relógios da linha, vive do ar, literalmente.
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Dentro de sua cápsula, uma mistura de gases expande-se e contrai-se a cada mudança de temperatura. O mecanismo é tão eficiente que apenas uma alteração de grau de temperatura fornece impulso para mais 48 horas de reserva de marcha. Assim, a peça é naturalmente de corda automática, sem necessidade de intervenção humana. Algo que instiga a lógica.
*Jairo Waisman é diretor executivo da Joalheria Frattina
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