As pessoas que bebem de três a quatro xícaras de café por dia têm mais probabilidade de ver benefícios do que problemas de saúde, correndo menos risco de morte prematura e de sofrer doenças cardíacas do que aquelas que se abstêm, disseram cientistas.
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A pesquisa publicada na quarta-feira (22), que compilou indícios de mais de 200 estudos anteriores, também revelou que o consumo da bebida está ligado a um risco menor de diabetes, doenças hepáticas, demência e alguns tipos de câncer.
Beber de três a quatro xícaras por dia é a quantidade mais benéfica, afirmaram os cientistas, exceto para gestantes ou mulheres que têm risco mais elevado de sofrer fraturas.
O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo, e para entender melhor seus efeitos sobre a saúde, o especialista em saúde pública Robin Poole, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, liderou uma equipe de pesquisa de uma “análise agregada” de 201 estudos com base em pesquisas empíricas e 17 estudos baseados em testes clínicos em todos os países e situações.
As “análises agregadas” sintetizam análises coletadas anteriormente para oferecer um sumário mais claro de pesquisas variadas sobre um tópico em particular.
“Beber café parece seguro dentro dos padrões comuns de consumo”, concluiu a equipe de Pool em sua pesquisa, publicada no periódico científico britânico BMJ na quarta-feira.
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O consumo de café foi ligado de maneira constante a um risco menor de morte por todas as causas e por doenças cardíacas. A maior redução de risco relativo de morte prematura foi vista em pessoas que bebem três xícaras por dia quando comparadas com pessoas que não ingerem a bebida.
Beber mais de três xícaras por dia não foi ligado a nenhum dano, mas os efeitos benéficos se mostraram menos pronunciados.
O café também foi associado a um risco menor de vários tipos de câncer, como os de próstata, endométrio, pele e fígado, além de diabetes tipo 2, pedras nos rins e gota, disseram os pesquisadores. O maior benefício foi para problemas hepáticos, como cirrose.
A equipe de Poole observou que, como sua análise incluiu sobretudo dados empíricos, não se pode extrair nenhuma conclusão firme sobre causa e efeito, mas disse que suas descobertas dão apoio a outras análises e estudos recentes sobre o consumo de café.