Hoje ele é milionário, mas, há três décadas, tinha mais dificuldades que muitos empreendedores atuais. O norte-americano Chris Gardner chegou até a dormir em abrigos para moradores de rua com o filho pequeno à espera de uma oportunidade no mercado de trabalho.
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E a chance apareceu na forma de um estágio em uma corretora de valores e subsequente contratação pelo banco de investimento Bear, Stearns & Co. Chris começou a empreender em 1987, quando fundou a própria corretora e começou a fazer palestras e a escrever livros para estimular as pessoas a buscarem os seus sonhos. Sua reviravolta é retratada no filme “À Procura da Felicidade”, de 2006, estrelado por Will Smith.
Gardner conversou com FORBES Brasil em setembro, quando esteve em São Paulo para participar do National Achievers Congress (NAC Brasil 2017), um evento sobre desenvolvimento pessoal e profissional. Durante a entrevista, o sorridente empreendedor falou sobre a sua trajetória. Sempre de bom-humor e brincalhão – chegou a tirar uma foto simulando a prisão deste repórter – ele fala como se estivesse conversando com um amigo de anos, abordando as ideias que desenvolve atualmente e seu ritmo de trabalho. “Este trimestre estarei em 12 países do Hemisfério Sul”, diz sobre a sua frenética agenda de fim de ano.
“Como norte-americano, não posso aconselhar o que o Brasil precisa fazer”, diz logo de início, enfatizando que ninguém nos EUA deveria aconselhar o que outros países devem fazer sem antes resolver os próprios problemas. “Temos sérios desafios a enfrentar, inclusive a nossa liderança”, diz, referindo-se indiretamente ao presidente norte-americano Donald Trump. Entretanto, surpreende-se com os eventos da crise política brasileira. “É verdade? Isso é possível?”, pergunta sem especificar episódios ou personagens polêmicos. “Os brasileiros vão resolver isso, não precisam dos americanos”, incentiva.
A conversa com FORBES Brasil girou, basicamente, em torno do que faz há três décadas: inspirar outras pessoas a realizarem os seus sonhos. A seguir, veja cinco dicas que Gardner considera importantes para chegar lá:
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iStock 1. Sonhe
Se é para realizar os seus sonhos, o primeiro passo é ter um. “O que eu faço é encorajar as pessoas a terem o que minha mãe me deu e é universal”, afirma Gardner, referindo-se ao fato de que ela sempre deixou claro que ele poderia sonhar, fazer e ser o que quisesse. O norte-americano também aconselha os pais a estimularem os filhos com essas mensagens.
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iStock 2. Tenha um plano A
Gardner é enfático: “Não é qualquer plano A, é O plano A”. Isso demonstra que você tem um planejamento, que deve ser claro, conciso, convincente, consistente e comprometido – os cinco C’s que o norte-americano propõe em seu novo livro, ainda não lançado.
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iStock 3. Coloque o plano em prática todos os dias
Com o plano elaborado, o passo seguinte é colocá-lo em prática diariamente, mesmo se for na velocidade de uma tartaruga. Gardner avalia que, no atual mundo globalizado e tecnológico, a concorrência é mais acirrada, e se você não começa a colocar o plano em ação, seu concorrente o fará primeiro.
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iStock 4. Não fale sobre os seus planos
Esse é um conselho indireto, quando Gardner fala do seu novo livro. “Nunca diga a ninguém o que você está planejando.” Ele argumenta que, quando as pessoas ouvem a respeito, fazem perguntas que nem sempre você está pronto – ou quer – responder. Além disso, a recomendação é que, sempre que tiver uma ideia, a coloque no papel – e não nas redes sociais.
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iStock 5. Tenha o espírito preparado para mudanças
Gardner diz que todos passam por dificuldades e que isso faz parte do “espírito de mudança”. Segundo ele, no passado as pessoas enfrentavam obstáculos maiores maiores diante de um número menor de oportunidades e, mesmo assim, muitas delas conseguiram realizar seus objetivos. E que hoje qualquer um também pode.
1. Sonhe
Se é para realizar os seus sonhos, o primeiro passo é ter um. “O que eu faço é encorajar as pessoas a terem o que minha mãe me deu e é universal”, afirma Gardner, referindo-se ao fato de que ela sempre deixou claro que ele poderia sonhar, fazer e ser o que quisesse. O norte-americano também aconselha os pais a estimularem os filhos com essas mensagens.