Ao abordar pela primeira vez abertamente sua coroação de 65 anos atrás, a rainha Elizabeth, do Reino Unido, revelou o quão desconfortável foi o trajeto em sua carruagem de ouro até a cerimônia, e como usar a Coroa Imperial do Estado poderia “quebrar seu pescoço”.
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Elizabeth, a monarca a ocupar o trono britânico por mais tempo, foi coroada rainha no dia 2 de junho de 1953, na Abadia de Westminster, em Londres, em uma grande cerimônia tradicional cujas origens datam de mil anos atrás.
Em um muito raro e pessoal relato para um documentário da “BBC” que irá ao ar no domingo, Elizabeth fala abertamente sobre a ocasião e alguns elementos que desempenhavam um papel simbólico na cerimônia. “Horrível”, disse sobre o trajeto em uma carruagem de quatro toneladas do Palácio de Buckingham até a abadia onde monarcas britânicos são coroados desde 1066. “É apenas revestido de couro, não muito confortável.”
Elizabeth, agora com 91 anos, tinha apenas 25 quando se tornou rainha depois da morte de seu pai, George 6º, em 1952, com a coroação acontecendo no ano seguinte. “É o tipo de, eu suponho, início da vida de alguém realmente como soberano”, disse. “É um tipo de cortejo de cavalheirismo e uma maneira antiquada de fazer as coisas, na verdade. Eu vi uma coroação [a de seu pai, em 1937] e fui a recebedora na outra, o que é bem notável.”
Elizabeth usou duas coroas na cerimônia: a Coroa de Santo Eduardo, que tem usado desde então, e a Coroa Imperial do Estado, incrustada de diamantes, que ela ainda usa em ocasiões formais, como a abertura do Parlamento, quando faz um discurso resumindo os planos legislativos do governo.
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“Você não pode olhar para baixo para ler o discurso, você tem que fazer o discurso olhando para frente. Porque se você fizer, seu pescoço pode quebrar e a coroa cair”, disse sorrindo. “Então, há algumas desvantagens nas coroas, mas fora isso, elas são coisas bastante importantes.”