O estilista francês Hubert de Givenchy, aristocrata que fundou a grife Givenchy nos anos 1950 e se tornou famoso por vestir estrelas como Jacqueline Kennedy Onassis e Grace Kelly, morreu aos 91 anos, no sábado (10) enquanto dormia. O comunicado oficial foi feito apenas hoje (12).
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Presença imponente na moda desde que apresentou sua primeira coleção em Paris aos 24 anos, Givenchy se tornou sinônimo de elegância e glamour despretensioso. É dele o vestido preto que Audrey Hepburn usou em “Bonequinha de Luxo”.
Sua família – seu pai foi o marquês de Givenchy – esperava que ele se tornasse advogado, mas o jovem de 1,96 metro foi atraído pela moda e pelo desenho muito jovem, mudando-se para Paris para estudar aos 17 anos.
Suas criações características, como as blusas de manga bufante e as calças de barra na altura do tornozelo com bordas franjadas, foram saudadas à época como alternativas descontraídas às cinturas justas e às curvas artificiais do então dominante “New Look”, de Christian Dior.
Sua primeira coleção, exibida em 1952, consagrou-se no dia em que foi revelada: Givenchy recebeu o equivalente a 7 milhões de francos de encomendas, o suficiente para lhe permitir pagar seus financiadores e assumir a propriedade do negócio.
Seu interesse em tecidos se originou de uma familiaridade precoce com peças finas na casa de seu avô materno, um administrador da tapeçaria Beauvais e Gobelin e colecionador de tecidos de qualidade.
O pai do estilista morreu quando Hubert, nascido em Beauvais, ao norte de Paris, tinha dois anos de idade. Ele e seus irmãos foram criados pela mãe e os avôs maternos.
Inicialmente o jovem Givenchy estudou Direito, mas se contagiou pelo clima de liberação pós-Segunda Guerra Mundial e entrou na Escola de Belas Artes da capital francesa.
Fascinado pelo espanhol Cristóbal Balenciaga, à época o decano dos estilistas parisienses, Givenchy se apresentou com seu livro de desenhos à porta do artista, onde foi dispensado com um brusco “o senhor Balenciaga não recebe ninguém”.
Givenchy foi aprendiz de outros designers –Jacques Fath, Robert Piguet e a exuberante e iconoclasta Elsa Schiaparelli– antes de se aventurar como criador.
Após sua estreia fenomenal, Givenchy foi a Nova York capitalizar sua popularidade com os norte-americanos. Foi lá que ele finalmente conheceu o recluso Balenciaga, e os dois mantiveram uma amizade estreita até a morte do espanhol em 1972.
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