O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu ontem (8) com os criadores dos games “Grand Theft Auto” e “Doom” para discutir o que o presidente acredita ser um elo entre os jogos e atos violentos, como o tiroteio em uma escola da Flórida no mês passado.
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Esse foi o mais recente de uma série de encontros que Trump tem tido para falar sobre como parar os tiroteios em massa nas escolas, mas a Casa Branca ainda não deixou claro toda a gama de ações que Trump apoia para combater a violência armada.
O encontro incluiu parlamentares, críticos de video games e executivos do Take-Two Interactive Software Inc, dono do “Grand Theft Auto”, e ZeniMax Media Inc, proprietária de “Doom”. O irmão mais novo de Trump, Robert Trump, está no conselho de ZeniMax.
Trump, um republicano, tem falado sobre a necessidade de examinar como a violência na mídia afeta as crianças, depois que um rapaz de 19 anos armado foi acusado de matar 17 pessoas e ferir mais de uma dúzia em uma escola secundária em Parkland, Flórida.
As deliberações sobre violência armada durante o mês passado aconteceram em maior parte com visibilidade total de repórteres. O encontro desta quinta-feira foi fechado à imprensa.
A conversa durou quase uma hora e foi “vigorosa”, mas “respeitosa”, e Trump pareceu interessado em ouvir todos os lados, disse Melissa Henson, do Parents Television Council, um grupo que combate violência e sexo no entretenimento.
Henson, que tem um filho de 9 anos, disse acreditar que classificações mais detalhadas de video games deveriam estar disponíveis para os pais.
“Está se combatendo uma indústria multimilionária. Os seus melhores marqueteiros são pares da mesma idade”, disse ela em entrevista.
Trump tornou a questão pessoal, adotando uma postura incomum ao mencionar sua preocupação com o filho de 11 anos, Barron. “Eu olho para algumas das coisas que ele está assistindo e digo: como isso é possível?” disse Trump na semana passada.
Dan Hewitt, porta-voz da Entertainment Software Association, um grupo de lobby cujo CEO participou da reunião da Casa Branca, disse que estudos não estabeleceram nenhuma conexão entre os video games e a conduta violenta.
“Os video games não são claramente o problema: o entretenimento é distribuído e consumido globalmente, mas os EUA têm um nível exponencialmente maior de violência armada do que qualquer outra nação”, disse Hewitt em um comunicado.
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Outros membros da associação incluem alguns dos maiores nomes da indústria, como a Electronic Arts Inc, a Activision Blizzard Inc, a Nintendo Co Ltd, a Sony Corp e a Tencent Holdings Ltd.
Os criadores de video games e seus lobbistas que estavam na reunião não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
Trump está considerando apoiar uma gama de opções legislativas, incluindo endurecer as verificações de antecedentes para compradores de armas. O governo dele também está trabalhando para bloquear o uso de acessórios que permitem que rifles semiautomáticos disparem centenas de rodadas por minuto.