O presidente eleito da Costa Rica, Carlos Alvarado, fez a promessa em seu discurso de posse, no qual descreveu a “tarefa titânica e bela” de abolir o uso de combustíveis fósseis. “A descarbonização é a grande tarefa de nossa geração, e a Costa Rica deve estar entre os primeiros países do mundo a alcançá-la, se não for a primeira”, disse.
LEIA MAIS: Empregos em energia renovável batem a marca de 10 milhões
Ele definiu como meta o ano de 2020 para o país estar na liderança do caminho em direção aos objetivos do acordo climático de Paris, com o propósito de se tornar um “laboratório” de boas práticas.
A data de 2020 é significativa não apenas por ser o momento em que o acordo de Paris entrará em vigor, mas também será o 200º aniversário da independência da Costa Rica. “Para o bicentenário, temos o dever ético de liderar o mundo, como fizemos no passado. Temos de ser ágeis e inovadores. Somos chamados para proteger os ecossistemas e a biodiversidade ”, acrescentou.
O presidente também se comprometeu a administrar melhor os parques nacionais da Costa Rica, que representam cerca de 25% de todo o país e são uma grande atração turística.
A Costa Rica já fez grandes progressos na transição para uma economia totalmente sustentável e com pouca emissão carbono. Suas abundantes fontes de energia hidrelétrica e geotérmica resultaram em quase toda a sua eletricidade ser renovável. Em 2017, passou 300 dias sem o uso de combustíveis fósseis para suprir suas necessidades elétricas.
Alvarado obteve 60% dos votos no segundo turno das eleições do mês passado. Aos 38 anos, ele também se tornou um dos chefes de Estado mais jovens do mundo.