As joias coexistem com a humanidade e, desde o início dos tempos, seu uso possui simbologia. Em 2006, pesquisadores descobriram um colar de conchas de 100 mil anos, que provavelmente foi usado pela mesma razão que ainda gostamos de joias hoje: para transmitir status e poder. O mesmo acontece com o diamante mais caro do mundo.
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“Quando usamos itens como este, enviamos uma mensagem”, diz Chris Stringer, professor do Museu de História Natural de Londres, em 2006, à BBC News. “A mensagem pode ser de poder, riqueza ou sensualidade, de ser parte de um grupo específico ou algo evitar energias ruins. Não é apenas decorativo, há significado social.” Com o diamante não é diferente.
Um relatório de 2014 da McKinsey confirma essa ideia. Segundo o documento, “um segmento do mercado que ajuda a impulsionar o crescimento no setor de joias é o consumidor de ‘dinheiro novo’, que usa peças de marca para mostrar a riqueza recém-adquirida”.
Muita coisa mudou nos últimos 100 mil anos, exceto o fato de que nós, socialmente, amamos brilhar, reluzir e nos exibir. E, neste sentido, nada se destaca mais do que um diamante, especialmente, o azul, provavelmente, o mais caro do mundo.
Longe do segmento típico de diamantes ou peça padrão de joias de ouro 14k, os diamantes azuis são raros e muitas vezes se confundem com safiras, apesar de serem completamente diferentes. Pedras de safira possuem a cor azul a partir de uma mistura de titânio, ferro, magnésio, cobre e cromo, enquanto diamantes azuis obtêm sua coloração pela alta concentração de boro.
A safira mais cara já registrada, Sapphire Padparadscha, custa US$ 20 mil por quilate. Em contrapartida, se algum dia você encontrar um diamante azul no mercado, não espere pagar menos de US$ 3,8 milhões por quilate.
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Os diamantes azuis são cobiçados há séculos, mas alcançou o apogeu de popularidade quando Joseph Lau, um empreendedor imobiliário que virou colecionador de arte e vinho, comprou um exemplar de 9,75 quilates por US$ 32,6 milhões, em um leilão da Sotheby’s.
Apesar de ter batido dois recordes mundiais em leilões, ao adquirir o diamante rosa de 16 quilates, a maior peça do tipo já posta à venda, e arrematar o diamante azul pelo valor mais caro já pago por uma pedra preciosa, ambos para sua filha Josephine, de 10 anos, Lau apenas começava.
Em 2015, o magnata comprou outro diamante azul em um leilão da Sotheby’s, em Genebra, e estabeleceu o recorde de diamante mais caro novamente. Dessa vez, gastou US$ 48,4 milhões na pedra de 12,03 quilates. Embora Lau seja o dono da peça mais cara do mundo, o diamante azul mais popular foi batizado de Hope, possui 45,52 quilates e registro de propriedade que remonta a 400 anos.