Assine
  • |BrandVoice
  • |Carreira
    • C-Suite
    • Leading the future
  • |Colunas
  • |Eventos
  • |Forbes Agro
    • Agroround
  • |Forbes Cast
  • |Forbes Collab
  • |Forbes Life
  • |Forbes Money
    • Forbes MKT
    • Bilionários
  • |Forbes Motors
  • |Forbes Mulher
    • Minha Jornada
    • Mulheres de sucesso
  • |Forbes Saúde
  • |Forb(ESG)
    • Schneider Electric Voice
  • |Forbes Store
  • |Forbes Tech
  • |Forbes WSB
  • |Geral
  • |Infomercial
  • |Listas
    • Agro100
      • Agro100 2023
      • Agro100 2022
    • Bilionários Brasileiros
      • 2023
      • 2022
      • 2021
    • Bilionários do mundo
      • BILIONÁRIOS DO MUNDO 2024
      • Bilionários do mundo 2023
      • Bilionários do mundo 2022
    • Forbes 50+
      • Forbes 50+ 2024
      • FORBES 50+ 2023
      • Forbes 50+ 2022
      • Forbes 50+ 2021
    • Heart Billions
    • Melhores CIOs do Brasil 2024
    • Mulheres de sucesso
    • Under 30
      • Under 30 2024
      • Under 30 2023
      • Under 30 2022
      • Under 30 2021
      • Under 30 2020
      • Under 30 2019
      • Under 30 2018
      • Under 30 2017
      • Under 30 2016
      • Under 30 2015
      • Under 30 2014
  • |Últimas notícias
  • |Under 30
    • Under 30 2024
    • Under 30 2023
    • Under 30 2022
    • Under 30 2021
    • Under 30 2020
    • Under 30 2019
    • Under 30 2018
    • Under 30 2017
    • Under 30 2016
    • Under 30 2015
    • Under 30 2014
  • |Anuncie na Forbes Brasil
  • |ASSINE
  • |Fale conosco
  • |Newsletter
  • |Sobre a Forbes
  • |Termos e condições
  • |Revista digital
    Seja um assinante

Início / Colunas / Fake news: quando Philip Roth brigou com a Wikipedia

Fake news: quando Philip Roth brigou com a Wikipedia

Autor acusou o portal de conter dados falsos sobre um de seus livros

Davide Piacenza
24/05/2018 Atualizado há 7 anos

Acessibilidade

Getty Images
Getty Images

Um dos autores mais importantes do século 20, Philip Roth faleceu na última terça-feira (22)

Um dos autores mais importantes do século 20 – talvez o mais importante, no que diz respeito à literatura norte-americana – faleceu na última terça-feira (22) em um hospital em Manhattan, na cidade de Nova York. Philip Roth tinha 85 anos e, além de um incrível narrador dos Estados Unidos contemporâneo, era também um depósito de histórias.

VEJA TAMBÉM: Conteúdo da Wikipedia impresso está à venda por US$ 500 mil

Uma, por exemplo, talvez não tenha sido suficientemente repercutida e destacada pela mídia internacional. Em 2012, Roth já era um homem idoso, cansado, um ícone norte-americano que, em algumas semanas, anunciaria a decisão de parar de escrever por ser incapaz de reunir a “força física necessária para sustentar um ataque criativo”.

Ainda assim, o autor decidiu enviar às prestigiadas colunas da revista “New Yorker” uma carta aberta aos administradores da Wikipedia, culpados de ter rejeitado uma solicitação de modificação no artigo sobre um de seus romances, “A Mancha Humana”. “O artigo contém uma afirmação profundamente equivocada e eu gostaria de pedir sua remoção. Esse artigo foi parar na Wikipedia não por meio do mundo real, mas de rumores da fofoca literária: não há nenhuma verdade nele. E, quando por meio de um interlocutor oficial pedi à Wikipedia para apagar essa informação, além de outras duas, o administrador da Wikipedia em língua inglesa disse a ele, em uma carta datada 25 de agosto, que eu, Roth, não era uma fonte crível.”

“Segundo o que dizem”, reportava o artigo que havia causado a ira de Roth em 2012, “o romance da sua chamada ‘trilogia americana’ se inspirava na vida do grande escritor e crítico do jornal ‘New York Times’ Anatole Broyard”. “A informação alegada não é de maneira nenhuma comprovada por fatos”, lamentava então Roth, explicando ter conhecido Broyard apenas depois de ter começado a escrever “A Mancha Humana”, no fim da década de 1990. Broyard – assim como Coleman Silk, protagonista do romance de Roth – era de origem negra, mas escolheu se passar por branco, como muitos no curso da história norte-americana, para não sofrer as consequências da segregação racial. Mas Roth explicou que, na verdade, inspirou-se na vida de um amigo, professor de Princeton por três décadas, Mel Turmin.

A defesa de Roth da verdadeira origem do material de seu livro faz soar um alarme em uma fase histórica na qual “fake news” se tornou a expressão do ano em 2017 do Collins Dictionary. Em tempos de bots que cultivam mentiras online para influenciar os resultados das eleições em países estrangeiros, a reivindicação de Philip Roth é mais do que um excesso de capricho de um autor indiferente às fofocas literárias: a sua lição é, em sentido mais amplo, advertir a não dar por óbvia a autoridade das fontes (aliás, ele mesmo não era suficientemente autoridade) e a buscar sempre a verdade “definitiva”, aquela que esclarece de uma vez por todas onde está o verdadeiro e onde está o falso.

LEIA: Mudanças no Facebook fortalecem fake news e influenciadores

Ontem (23), Elon Musk publicou um dos seus tuítes enigmáticos: “Eu vou criar um lugar onde o público poderá avaliar a verdade intrínseca de cada artigo e ter acesso ao histórico de credibilidade de cada jornalista, editor e publicação. Pensei em chamá-lo de Pravda [jornal oficial do Partido Comunista da União Soviética]”, compartilhou com seus 22 milhões de seguidores. Musk, como frequentemente acontece, fala sobre algo sério: temos necessidade de um órgão que controle a autoridade das notícias? Mas, se ele controla as notícias, quem o controlará? A objeção é a mesma, e tem a ver com a própria natureza da informação online, um processo constitucionalmente fragmentado e exposto não apenas às fake news, mas também a mal-entendidos e falhas.

Mais do que isso, no caso de Roth poderíamos refletir sobre a própria natureza da Wikipedia: Luca Martinelli, um dos administradores da Wikimedia (órgão que administra a Wikipedia), dedicou ao assunto um longo aprofundamento que explica o escopo da enciclopédia online “não de ‘buscar a verdade’, mas de garantir a verificação do que está escrito” (e que, se o que é reportado pelas fontes oficiais não corresponde à verdade, não se trata de “um problema que a Wikipedia pode resolver”).

Por uma curiosa, mas eloquente, coincidência, quem pega em mãos “A Mancha Humana” hoje, dois dias depois do falecimento do maior escritor norte-americano do nosso tempo, encontra-se diante de uma frase que diz: “Há a verdade e depois há, ainda, outra verdade. Enquanto o mundo for cheio de pessoas que caminham convencidas de ter entendido tudo de si e do seu próximo, na realidade não há um limite a aquilo que não se conhece. As verdades são infinitas. Assim como as mentiras”.

Siga o canal da Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias de empreendedorismo, carreira, tecnologia, agro e lifestyle.

Tópicos

  • estados unidos
  • Fake News
  • literatura
  • Wikipedia

As mais lidas agora

  • O gaslighting muitas vezes tem raízes na desigualdade e em estereótipos de gênero usados para manipular a realidade da vítima
    Carreira

    Como Identificar se Você Está Sofrendo Gaslighting – do Trabalho À Vida Amorosa

  • Rolex
    Forbes MKT

    Como a Rolex Domina o Mercado de Luxo por mais de 100 anos?

  • Trecho da interpretação de Isabela Merced como Dina
    Forbes Tech

    Isabela Merced É a Grande Revelação da Segunda Temporada de The Last Of Us

  • Colunas

    O Novo Glamour: Chanel Desfila Cruise 2025 no Lago de Como

Últimas Notícias

  • IPCA

    Alta do IPCA Desacelera em Abril, Mas Alimentos e Saúde Pesam

  • Porto

    Porto Vê Lucro Líquido Crescer 28% no 1º Trimestre e Efeito Macro Mais Benigno do Que o Mercado Esperava

  • Foto de um trecho de Thunderbolts, novo filme da Marvel

    Relatório Explica Por Que a Marvel Tem Decepcionado Desde “Vingadores: Ultimato”

  • 1 em Cada 4 Cervejas da Quilmes no Mundo Tem Cevada e Malte Plantados em Buenos Aires

  • Foto do Papa Leão XVI

    O Que o Nome “Leão XIV” Diz sobre o Novo Papa?

  • Magazine Luiza

    Magazine Luiza Amarga Queda de Mais de 60% no Lucro do 1º Tri

Conteúdo publicitário

Membros Forbes Brasil
Faça seu login e leia a edição digital diretamente em seu dispositivo. Apenas para assinantes.
Seja um assinante→

Capa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes

Seja um assinante →
logo Forbes
   — @forbesbr
  — @forbesbr
  — @forbesbr
  — yt/forbesbr
  — forbes brasil
Forbes Br.
+ Sobre nós
+ Forbes Store
+ Revista digital
+ Anuncie
+ Contato
Links úteis
+ Política de Privacidade
+ Newsletter
logo Terra
Cotações por TradingView

© Forbes 2025. Todos os direitos reservados.