Qual é a diferença mais gritante entre aqueles que desistem e os que persistem e alcançam o sucesso? Planejamento, proatividade, vontade de vencer e ação. E todos esses itens foram essenciais para, finalmente, tirar do papel o sonho do casal Wilson Roberto Oricchio e Ivana Duarte.
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Oricchio é administrador de empresas e também trabalha como consultor de segurança e instrutor de tiros no Brasil há mais de 20 anos. Como um verdadeiro apaixonado pelo que faz, possui uma bela coleção de armas e sempre cultivou a ideia de empreender nesse segmento nos Estados Unidos. Em uma de suas viagens, encontrou na região de Fort Myers, na Flórida, um estabelecimento em funcionamento e, quando ficou ciente de que estava à venda, decidiu iniciar o processo de compra da empresa.
Ele e a esposa estudaram todas as obrigações e características do negócio e perceberam que a aquisição seria viável, porém, não imaginavam o quão difícil seria encontrar uma consultoria que desse o suporte necessário para elaborar o processo de solicitação do visto e, principalmente, que estruturasse um plano de negócio realmente eficaz. “Fomos a diversos escritórios em busca de ajuda, mas todos acharam que seria muito difícil um brasileiro empreender nesse segmento. Muitos simplesmente diziam ‘não’ para nós, mas sem explicar o motivo. Foi uma fase realmente frustrante”, recorda Oricchio.
Ele começou então a ver o seu sonho sair do papel depois de uma conversa com o advogado e consultor de negócios Daniel Toledo. Os mais de 15 anos de atuação na área de direito internacional e à frente da Loyalty Miami foram fundamentais para que o especialista pudesse enxergar o projeto como uma oportunidade, e não um problema. “Achamos diferente e desafiador. Enquanto muitos negaram, acolhemos e buscamos conhecer a fundo cada detalhe para entender como seria possível realizá-lo”, explica Toledo.
Desde o primeiro contato até a implantação do negócio foram apenas quatro meses. “Estudamos e realizamos inúmeras pesquisas em relação aos tipos de licenças necessárias. Ao mesmo tempo que se trata de um setor muito popular no país, é também o mais controlado. Todos os procedimentos e exigências legais foram atendidos. Graças à integração entre a nossa equipe e a do cliente, conseguimos entregar um produto diferenciado”, destaca o diretor da Loyalty.
Além de ter de lidar com o preconceito em relação às armas, outro desafio do projeto foi torná-lo fácil de ser compreendido, exequível e que contemplasse um plano de negócios e ciente, alinhado com as exigências do visto. “A complexidade está na análise de risco e implantação do negócio, que é algo totalmente subjetivo. Diferente do L1 ou EB, em que a apuração é feita com base nos documentos, a conclusão do E2 envolve interpretação, muitas vezes repletas de critérios”, avalia Toledo.
O requerente que vai apresentar o processo deve deixar claro que, apesar do risco, já contratou colaboradores, fechou contrato de aluguel, adquiriu equipamentos, planejou como será a prospecção do novo negócio, desenhou uma expectativa de lucro e esboçou as demais despesas que envolvem o dia a dia. Tudo isso para comprovar a solidez da iniciativa. “Com uma planilha de gastos estruturada é possível apontar que já houve gasto em solo norte-americano, demonstrando que já foi destinada parte do investimento para o E2”, destaca o especialista em direito internacional.
Diferente do L1, em que o solicitante necessita tornar evidente a sua capacidade de investimento, no E2 a iniciativa deve estar já funcionando ou, pelo menos, iniciando as atividades. “O ponto comercial, loja ou escritório já deve estar aberto, com pelo menos um colaborador, assim como no projeto da loja de armas”, conclui Toledo.
Daniel Toledo é advogado, sócio fundador da Loyalty Miami e consultor de negócios. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo +1 (305) 988.2283
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