É difícil imaginar que o incêndio que devastou várias casas, há dois anos, no norte de Los Angeles traria à tona a história de um Rolex envolvendo a amizade entre o ator Steve McQueen e seu dublê Loren Jones. Mas foi justamente isso o que aconteceu. Após o trágico episódio que destruiu as residências de celebridades norte-americanas, Jones, o eterno dublê de Hollywood, conseguiu resgatar o estimado Rolex dos escombros de sua casa, presente do amigo de longa data McQueen.
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O Rolex Submariner pertenceu ao consagrado artista americano, conhecido por suas ousadas atuações em filmes de ação. Além da velocidade dos carros, motos e aviões, a marca Rolex era uma de suas paixões. Como de costume, McQueen presenteava os grandes amigos com exemplares de relógios de que mais gostava, – e foi assim com Loren Jones. Ele fez questão de deixar sua admiração pelo trabalho do parceiro no verso do relógio com a inscrição: “Para Loren, o melhor dublê do mundo. Steve”.
Os amigos se conheceram durante as gravações da série de TV americana “Wanted: Dead or Alive” ( “Procurado: Vivo ou Morto”), de 1958, no início da carreira de McQueen. Depois do programa de sucesso, Jones participou de 19 dos 27 principais filmes do ator, e nem mesmo o incêndio de 2016 foi capaz de destruir o símbolo dessa amizade. Ao encontrar a peça, que acredita-se ser o mais antigo Submariner de McQueen, a família pediu para que a relojoaria o restaurasse. A Rolex documentou todo o processo e conseguiu preservar o mostrador do relógio, que ainda mantém resquícios da fuligem do trágico evento.
Comprado por um colecionador americano após a morte de Loren, no ano passado, essa relíquia será colocada em leilão no New York Watch Auction da Phillips, marcado para 25 de outubro. A expectativa é de alcançar US$ 600 mil. Aquele que der o lance maior vai levar para sua coleção também cartas do dublê e da própria Rolex atestando a origem da peça, além de um livro intitulado “Steve McQueen: Uma Vida em Imagens”, com fotos do ator usando o relógio.
A filantropia agradece aos Rockefeller
A Christie’s não poderia ter escolhido lugar mais emblemático do que Nova York para sediar o leilão das joias da coleção particular de Peggy e David Rockefeller. O mês de junho ficou marcado pelo encerramento de uma série de vendas de propriedades do casal. O intuito era angariar fundos para as obras filantrópicas amparadas por aquela que é considerada a “família real” americana. Pelo jeito, deu certo. Na escala de sucessões, David Rockefeller era o neto mais jovem do primeiro bilionário americano, John D. Rockefeller. O banqueiro e filantropo, que faleceu no ano passado, aos 101 anos, casou-se com Margaret “Peggy” McGrath, em 1940, e o anel que embalou o romance do casal foi um dos astros principais do leilão.
A suntuosa joia estava lá para quem quisesse ver. O anel de diamante e platina, criado pela joalheria centenária Raymond Yard, foi o responsável pelo “sim” de Peggy. Cravejado com um diamante retangular de corte transversal de 5,63 quilates, acompanhado por mais gemas retangulares e triangulares, superou as expectativas e atingiu o valor de US$ 287 mil. Mais 18 lotes foram leiloados e, juntos, ultrapassaram os US$ 835 milhões. Para a Christie’s, esse foi o maior valor alcançado por uma coleção particular em leilão. Não podia ser diferente quando se trata das joias da família considerada a mais rica de todos os tempos.