A Volkswagen perdeu um processo judicial para impedir que os promotores examinem documentos não publicados sobre seu escândalo de emissões de poluentes, com a decisão da Suprema Corte alemã hoje (6) de que arquivos apreendidos de um escritório de advocacia dos Estados Unidos sejam revisados.
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Isso significa que as informações dos arquivos podem ser tornadas públicas como parte de qualquer processo criminal, fornecendo assim mais munição para acionistas e proprietários de automóveis que buscam indenização.
Pouco depois de o escândalo do ‘dieselgate’ estourar em setembro de 2015, a VW contratou o escritório de advocacia Jones Day e a empresa de consultoria Deloitte para investigar a questão e analisar quem era o responsável.
A VW nunca publicou os resultados da investigação, embora um resumo tenha sido compilado na forma de um relatório para o Departamento de Justiça dos EUA.
Os procuradores realizaram uma busca e apreensão nos escritórios de Munique do Jones Day em março de 2017 em conexão com uma investigação de fraude relacionada aos motores a diesel de 3 litros fabricados pela marca premium da VW, a Audi.
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A VW lutou contra o uso de quaisquer arquivos obtidos na operação, e o tribunal emitiu em julho passado uma ordem temporária impedindo que os promotores de Munique avaliassem o material.
A decisão judicial contrária à VW de hoje é um golpe adicional para a montadora, que ainda está lidando com as implicações do escândalo do ‘dieselgate’ quase três anos após sua revelação.