O Facebook, o Google e outras empresas de tecnologia concordaram em relação a um código de conduta para fazer mais no combate à disseminação de notícias falsas, devido a preocupações de influência em eleições, disse a Comissão Europeia hoje (26).
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Desenvolvido para evitar uma legislação mais pesada, o código voluntário propõe uma análise mais minuciosa sobre publicidade em contas e sites onde notícias falsas aparecem, trabalhando em conjunto com sites de verificação para filtrar informações confiáveis, disse o órgão europeu.
Mas um grupo de consultores de mídia criticou as empresas, inclusive o Twitter e os grupos de lobby do setor de publicidade, por não apresentarem medidas mais concretas.
Com eleições para o parlamento da União Europeia marcadas para maio, Bruxelas está ansiosa para enfrentar a ameaça de interferência estrangeira durante a campanha. Bélgica, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Grécia, Polônia, Portugal e Ucrânia também devem realizar eleições nacionais no ano que vem.
A Rússia tem enfrentado acusações – que nega – de disseminar informações falsas para influenciar a eleição presidencial dos Estados Unidos e o referendo sobre o Brexit no Reino Unido em 2016, bem como na eleição alemã em 2017.
A Comissão pediu às empresas em abril para redigirem um código de conduta, ou enfrentar uma ação regulatória sobre o que disse ser sua incapacidade de fazer o suficiente para remover conteúdo enganoso ou ilegal de suas plataformas.
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A comissária europeia para questões digitais, Mariya Gabriel, disse nesta quarta-feira (26) que Facebook, Google, Twitter, Mozilla e grupos de anunciantes – que ela não identificou – responderam com várias medidas.
“A indústria está comprometida com uma ampla gama de ações, desde a transparência na propaganda política até o encerramento de contas falsas e… nós aceitamos isso”, disse em comunicado.
As medidas também incluem a rejeição de pagamentos de sites que divulgam notícias falsas, ajuda a usuários para entender por que foram segmentados por anúncios específicos e distinção entre anúncios e conteúdo editorial.
Mas o grupo consultivo criticou o código, dizendo que as empresas não ofereceram objetivos mensuráveis para monitorar sua implementação.