Os contratos futuros do petróleo avançavam hoje (25) para o valor máximo em quatro anos, impulsionados pelas iminentes sanções dos Estados Unidos às exportações de combustível iraniano e pela aparente relutância da Opep e da Rússia em elevar a produção para compensar o potencial impacto sobre a oferta global.
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O petróleo Brent subia US$ 0,71, ou 0,87%, a 81,91 dólares por barril, às 9h10 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava US$ 0,36, ou 0,5%, a US$ 72,44 o barril. Mais cedo, o Brent chegou a tocar máxima de US$ 82,20, maior preço desde novembro de 2014.
O preço do petróleo está a caminho de seu quinto trimestre consecutivo de alta, o mais longo período de ganhos desde o início de 2007, quando uma sequência de seis trimestres de aumentos elevou o preço a um recorde de US$ 147,50 o barril.
Os Estados Unidos miram as exportações de petróleo do Irã com sanções válidas a partir de 4 de novembro, e Washington tem pressionado os governos e empresas de todo o mundo a se alinharem e cortarem suas compras.
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“O Irã perderá volumes de exportação consideráveis e, devido à relutância da Opep e aliados em aumentar a produção, o mercado está mal preparado para preencher a lacuna de oferta”, disse hoje Harry Tchilinguirian, diretor global de estratégia de mercados de commodities do banco francês BNP Paribas.
Mohammad Barkindo, secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse em Madri que é importante para a Opep e seus parceiros, incluindo a Rússia, cooperar para garantir que eles não “caiam de uma crise para outra”.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) prevê um forte crescimento de 1,4 milhão de barris por dia (bpd) na demanda por petróleo este ano e de 1,5 milhão de bpd em 2019. A entidade disse em seu relatório mais recente que o mercado está se apertando.