Se você esteve em Nova York desde 2014, provavelmente notou uma mudança em progresso nos arredores do Central Park. Mais especificamente na já valorizada Rua 57, onde brotaram tantos arranha-céus de altíssimo padrão que ganhou o apelido de “Corredor dos Bilionários”.
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A movimentação iniciada há quase uma década com as obras do One57 expandiu-se rumo ao oeste de Manhattan, com espigões cada vez mais altos. Aparentemente, quanto mais gigantes, mais caros.
A Central Park Tower, que tem como slogan de divulgação o título de “edifício residencial mais alto do mundo”, estica-se rumo aos céus com 472 metros de altura. Colocou no mercado unidades com até oito dormitórios. Uma das coberturas (a de quatro quartos) tem 743 metros quadrados e custa US$ 95 milhões, ou seja, R$ 361 milhões. O feliz morador terá academia de ginástica e piscina particulares, observatório, terraço e pista de dança. Além de vista eterna para o Central Park — eterna enquanto dure, já que novos megaprédios podem surgir no caminho.
Detalhe: não é o apartamento mais caro. A joia da coroa tem 1625 metros quadrados e seu preço não foi divulgado. Estima-se que passará de US$ 300 milhões (R$ 1,14 bilhão) — um apartamento de 1021 metros quadrados num empreendimento vizinho foi vendido recentemente a US$ 250 milhões (R$ 952 milhões). A construção da torre custou US$ 4 bilhões e levou cerca de cinco anos.
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No vizinho 111 West 57th Street, cuja previsão é concluir as obras em janeiro, a cobertura de 650 metros quadrados custa US$ 57 milhões (R$ 217 milhões). Uma de suas características marcantes é, digamos, a magreza. É um prédio bem estreito, talvez o arranha-céu mais fininho do mundo. O apartamento mais em conta sai por US$ 20 milhões (R$ 76 milhões).
Quem mora nos arredores tende a se beneficiar com tanta abundância, já que a lógica do mercado imobiliário é de que a maré alta joga todo mundo para cima. Ou seja, há projeções de valorização mesmo dos imóveis mais antigos daquela parte de Midtown Manhattan.