Resumo:
- A primeira edição das histórias da personagem mágica Lux está disponível em versão digital desde 10 de maio;
- Os quadrinhos de “League of Legends” têm como objetivo aprofundar a trama de alguns personagens do game;
- Surpresas e a presença outros personagens estarão na novela gráfica.
A Riot Games, criadora de “League of Legends” (LoL), fez uma parceria com a Marvel Entertainment em uma nova série de histórias em quadrinhos para construir o mundo do game e fornecer maior profundidade aos personagens. A primeira edição da série de cinco números, “Lux”, estreou digitalmente em 10 de maio. Quando concluída, a série estará disponível em versão impressa.
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“Lux” é escrita por John O’Bryan e tem arte de Billy Tan, Haining e Gadson. A história segue as aventuras da jovem mágica Lux vivendo na próspera, encantada e cética cidade de Demacia. Greg Street, chefe de desenvolvimento criativo da Riot Games, descreve o arco narrativo da história como um amadurecimento de Lux ao abraçar seu destino místico, colocando-se contra os valores de sua família e da sociedade em que vive.
Street diz que a série tem um propósito importante na história do “LoL”. “Como os nossos jogos são voltados para o combate, é difícil construir muito de um backstory“, disse ele. “Muita exposição no cenário do jogo pode parecer ridículo.”
As histórias em quadrinhos, por outro lado, possuem uma carga de histórias. Podem complementar os aspectos de construção do mundo do jogo, sustentar o interesse dos fãs e aprofundar o engajamento com uma pequena fração do custo de desenvolvimento. Vários outros criadores de jogos usaram os quadrinhos para dar corpo aos mundos de seus games ou para embelezar ideias, personagens ou pedaços da história que só foram apresentados durante a jogabilidade. Esse conceito de storytelling multiplataforma, conhecido como “transmídia”, pode estender o valor do IP (Icon Pack) para diferentes formatos e públicos. Também incentiva os fãs a explorar o universo por meio de diferentes pontos de entrada e, talvez, encontrar pistas que possam ajudá-los na competição com outros jogadores.
Embora ele não espere que mais do que um pequeno número da enorme base de fãs mundial do LoL se aprofunde nos quadrinhos, afirma que há crossovers e surpresas reservadas para aqueles que realmente querem entrar nela. “As histórias em quadrinhos são destinadas a oferecer um aperitivo entre os lançamentos do jogo e uma maneira de se envolver aos poucos, para manter os jogadores envolvidos no universo LoL”, afirma.
Apesar de seu papel periférico na estratégia geral de negócios da Riot, Street diz que espera que as histórias apresentadas nos quadrinhos sejam vistas como a espinha dorsal da narrativa do universo LoL. “Os quadrinhos são ainda mais canônicos do que os jogos”, comenta. “Essas histórias contam o que ‘realmente aconteceu’, justificando o combate e outros aspectos da jogabilidade. É uma forma de testar e estrear ideias de histórias que possam surgir no jogo, talvez um ou dois anos depois, para jogadores do LoL.”
Street diz que a parceria da Riot com a Marvel foi natural por vários motivos. “LoL é um pacote de super-heróis”, explica. “As histórias que contamos são sobre seres excepcionais e sua relação com o resto da sociedade.” Ele diz, ainda, que o princípio de contar histórias também está no coração da marca Marvel, além do talento e da experiência da empresa no mercado de quadrinhos trazerem visibilidade imediata ao projeto.
O cérebro da Marvel parece concordar. “Muitos fãs do Universo Marvel e quadrinhos compartilham seus interesses e paixão por contar histórias com a comunidade de jogadores”, diz C.B. Cebulski, editor-chefe da Marvel. “League of Legends é um dos jogos mais conhecidos na indústria, e seu mundo único e sua extensa lista de personagens se encaixam perfeitamente nas histórias em quadrinhos. Estamos entusiasmados por ajudar a construir o Universo League of Legends para fãs e jogadores de todo o mundo.”
Curiosamente, as edições únicas da Lux estão sendo distribuídas apenas digitalmente, e não no mercado, para as lojas de quadrinhos. Street explica que é um reconhecimento à nova realidade do varejo. “Não queremos forçar os varejistas a levar material que não sabem se vai vender”, diz. Desse modo, a Riot está mantendo a distribuição por meio de seu site, do site da Marvel e de outros aplicativos digitais, como a Amazon’s comiXology. Eventualmente a série será compilada em uma edição comercial, que pode ser mais viável.
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“O que gostaríamos é trazer o público do “LoL” para os quadrinhos”, diz Street. “Nosso público é muito maior em todo o mundo, e isso é algo que interessa a eles.” Por essa razão, ele diz que, junto com sua equipe, está trabalhando com a Marvel para entregar um produto “levado a sério pela indústria de quadrinhos”. “Nós respeitamos o meio”, afirma. “Não queremos que isso seja visto como uma jogada de marketing.”
Logo, as lojas são o ponto de encontro entre os ícones do mundo de “LoL” e os membros do universo de super-heróis da Marvel? “Eles têm seus personagens e nós temos o nosso”, diz. “Não é algo que esteja previsto agora, pelo menos não ainda.”