Resumo:
- Uma das patentes usa a tecnologia TrueDepth para produzir um dispositivo capaz de digitalizar uma sala inteira e todo seu conteúdo em três dimensões;
- Novas experiências em realidade aumentada serão possíveis com as tecnologias;
- Devido ao uso comum dos recursos na áreas da ciência, os aparelhos podem ser usados em outros processos e não só nos smartphones e tablets da companhia.
No início de maio, a Apple recebeu duas patentes de ousados dispositivos de câmeras, diferentes de tudo que vimos até então nos produtos da empresa.
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O primeiro deles, intitulado simplesmente “câmera de profundidade independente”, aproveita a tecnologia da TrueDepth para produzir um dispositivo capaz de digitalizar uma sala inteira e todo seu conteúdo em três dimensões.
O dispositivo usa um transmissor de luz com scanner para coletar as informações necessárias e, assim, gerar um mapa de profundidade, semelhante, em menor escala, aos outros celulares com câmera capaz de produzir imagens 3D.
O transmissor é montado em um giro de rotação, permitindo que ele faça uma varredura de 360 graus ao redor da sala enquanto projeta pulsos de luz através de um espelho interno. Algumas versões do dispositivo também permitem que imagens sejam projetadas em objetos na sala, levando em consideração as informações de profundidade calculadas.
Não se sabe o que a Apple planeja fazer com esse dispositivo, mas a realidade aumentada em grande escala parece uma possibilidade interessante.
A segunda e mais complexa patente, intitulada “corpo incluindo superfície com porções anulares concêntricas”, cobre um componente de um novo tipo de “sistema de inspeção confocal” – um dispositivo que pode analisar a luz em profundidades específicas dentro de um objeto ou cena enquanto ignora quaisquer informações vindas de outras profundidades.
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Tal dispositivo é tipicamente usado para construir uma imagem tridimensional, capturando fatias finas de imagens individuais e colocando-as umas sobre as outras. No entanto, também pode ser usado para determinar as propriedades ópticas de um objeto.
Os usuários de patentes da Apple têm disponíveis porções anulares, ou em forma de anel, para refletir a luz, em vez das lentes mais comuns Fresnel, e abrangem uma ampla gama de cenários. Não está claro o que a empresa pretende fazer com a tecnologia neste momento, mas esses dispositivos são normalmente usados em ciências da vida, inspeção de semicondutores e ciência de materiais. Logo, a novidade pode ser usada pela Apple como parte de seu processo de fabricação, e não em um aparelho final, como um iPhone.