Resumo:
- Na última sexta-feira (31), o leilão anual de um almoço com Warren Buffett foi encerrado com um lance recorde de US$ 4.567.888;
- Pelo 20° ano consecutivo, o bilionário leiloou sua participação para apoiar uma de suas instituições de caridade favoritas, a Glide Foundation, de São Francisco;
- A refeição é uma oportunidade de aprender sobre as estratégias de negócio e obter conselhos de investimento da 4ª pessoa mais rica do mundo.
Na última sexta-feira (31), o leilão de um almoço com o bilionário Warren Buffett foi encerrado com um lance recorde de US$ 4.567.888 – US$ 1 milhão a mais do que o realizado no ano passado. Enquanto o licitante vencedor permanece anônimo, Buffett disse em um comunicado: “A única característica universal entre os vencedores é que eles se divertem e sentem que o dinheiro investido valeu a pena”. Este foi o 20° ano consecutivo da iniciativa, que tem como objetivo apoiar uma de suas instituições de caridade favoritas, a Glide Foundation, de São Francisco.
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As ofertas começaram em 26 de maio pelo eBay. Em 48 horas, o preço do encontro com Buffett e sete amigos superou o maior lance já registrado – US$ 3,456 milhões em 2016. Desde sua criação em 2000, a iniciativa anual no restaurante Smith & Wollensky, no centro de Manhattan, em Nova York, já arrecadou mais de US$ 30 milhões para a Glide Foundation. “Estamos fazendo a diferença e mostrando que é possível ter esperança por dias melhores”, disse Buffett, em um pronunciamento sobre a arrecadação de fundos.
Fundada há mais de 50 anos, a Glide, cuja missão é romper o ciclo da pobreza em São Francisco, fornece ajuda e defende indivíduos e famílias marginalizados, incluindo os sem-teto, membros da comunidade LGBT e negros. Buffett acredita que a organização é a “mais eficaz para pessoas desfavorecidas”.
O preço do almoço valeu a pena para algumas das pessoas que já conseguiram participar dele. Ted Wechsler, por exemplo, pagou duas vezes pela oferta – US$ 2.626.311 em 2010 e US$ 2.626.411 em 2011 – e, posteriormente, conseguiu um cargo de gerente de investimentos na Berkshire Hathaway, tornando-se um dos representantes mais confiáveis de Buffett.
Buffett não é o único bilionário a dar apoio para enfrentar a crise dos sem-teto em São Francisco, situação considerada uma violação de direitos humanos pelas Nações Unidas em outubro do ano passado. No início deste mês, o fundador da Salesforce, Marc Benioff, e sua esposa, Lynne, doaram US$ 30 milhões para a realização de pesquisas na Universidade da Califórnia capazes de encontrar soluções para a falta de abrigo na região. Na eleição de 2018, Benioff apoiou a aprovação da Proposition C, proposta que cobra um imposto sobre grandes empresas locais para criar um fundo que ajude a resolver a crise. Muitos bilionários, incluindo Jack Dorsey, do Twitter, Michael Moritz, da Sequoia, e Patrick e John Collison, da Stripe, eram contra a proposta, citando a ameaça que isso poderia representar aos negócios e questionando a utilidade dos fundos.
Além de doar seu horário de almoço, Buffett, que foi cofundador do Giving Pledge, é um dos filantropos mais generosos do mundo. Ele prometeu doar 99% de sua fortuna e, somente em 2018, doou US$ 3,4 bilhões, boa parte destinada à Fundação Bill & Melinda Gates. Até hoje, o executivo já doou mais de US$ 35 bilhões.
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