Resumo:
- Chris Cline, sua filha e outras cinco pessoas morreram em um acidente de helicóptero nas Bahamas ontem (4);
- Destroços da aeronave foram encontrados a 3 quilômetros de Grand Cay, ilha particular do bilionário;
- Cline, conhecido como barão do carvão, completaria 61 anos hoje;
- O anúncio da morte foi feito pelo atual governador de West Virginia, Jim Justice;
Chris Cline, bilionário conhecido como o barão do carvão, e outras seis pessoas morreram em um acidente de helicóptero nas Bahamas, ontem (4), confirmou seu advogado, Brian Glasser.
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O acidente, que também tirou a vida de sua filha, aconteceu à noite e os destroços da aeronave foram encontrados a três quilômetros de Grand Cay, ilha particular do bilionário. Cline morreu um dia antes do seu aniversário de 61 anos.
O anúncio foi feito por Jim Justice, atual governador de West Virginia. “Hoje, perdemos um astro deste Estado, e eu, um amigo muito próximo. Nossas famílias levam ao início do império Cline, com a Pioneer Fuel. Chris Cline construiu um legado e em todas as ocasiões estava sempre presente para doar. Um ser humano generoso, amoroso e maravilhoso.
Glasser confirmou no Twitter: “Faleceu hoje nosso cliente Chris Cline. Apesar de bilionário, ele nunca esqueceu dos tempo em que morou em uma casa modulada e utilizava um secador de cabelo para descongelar sua torneira no inverno. Ele foi o cliente mais corajoso que já tivemos o privilégio de representar. Nós não o veremos novamente. Descanse em paz. RIP #chriscline”.
Cline era conhecido como o proprietário majoritário da companhia Foresight Reserves LP, com sede em St. Louis, Missouri. Depois de começar a trabalhar em minas de carvão, aos 15 anos, o sucesso veio ao apostar alto no início dos anos 2000 e adquirir reservas de carvão com alto teor de enxofre, em Illinois. O bilionário dizia acreditar que os avanços tecnológicos tornariam os combustíveis fósseis mais limpos.
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Ele assumiu a empresa de mineração de carvão Foresight Energy em 2014 e vendeu uma participação controladora em 2015 por US$ 1,4 bilhão, em dinheiro. No início de 2017, abriu uma nova mina na Nova Escócia, com planos para outra no oeste do Canadá.
Em um perfil de 2017 da Forbes, o barão se dizia otimista quanto às perspectivas sobre o carvão, apesar das mudanças de postura em relação às preocupações com o clima. Descrito pela Forbes como um dos espécimes mais arcaicos e impopulares do capitalismo, o barão do carvão se sentia à vontade na condição de impopular, tendo em mente que na época o carvão alimentava 40% das necessidades de energia do mundo. “As pessoas merecem ter a energia mais barata que conseguirem. Diga aos pobres na Índia e na China que eles não merecem ter eletricidade confiável e acessível.”
Cline era filho de um mineiro que trabalhava em Beckley. Aos 6 anos, seu pai lhe pagava um centavo de dólar por cada saquinho que ele enchia de terra, que seria usado para embalar explosivos. Quando a varanda de sua casa desmoronou, ficou claro que o jovem escavava a terra que sustentava o imóvel. “Isso me ensinou a importância da engenharia”, disse ele. Cline foi trabalhar pela primeira vez nas minas aos 15 anos, e os mineiros o escondiam quando os fiscais surgiam.
Em 2017, quando perguntado se ele se considerava pobre quando criança, respondeu: “Quão mais pobre você consegue ser?”
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