Resumo:
- Após entrar na lista negra de empresas dos Estados Unidos, a chinesa Huawei teve de se movimentar e reagir;
- O Harmony funcionará em qualquer dispositivo conectado, de smartphones a aparelhos domésticos;
- Na China, o sistema operacional recebe o nome de Hongmeng e tem a ambição de chegar ao mundo todo.
A Huawei anunciou hoje (9), durante a sua Conferência de Desenvolvedores, em Dongguan, na China, o HarmonyOS. O sistema operacional, cujo desenvolvimento vinha sendo especulado há algum tempo, será focado em dispositivos de internet das coisas (IoT), mas também vai funcionar nos smartphones da empresa chinesa.
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Parte da pressão para lançar um sistema operacional próprio veio após Donald Trump colocar a empresa na lista negra dos Estados Unidos, em maio deste ano. O fato não foi confirmado pela Huawei, mas o executivo-chefe da área de aparelhos para consumidores da empresa, Richard Yu, disse “nós podíamos ter feito melhor, mas tivemos um problema internacional”. Ele complementou, afirmando que a mudança nos smartphones poderá ser feita pela chinesa em até dois dias, já que “mudar do Android para o Harmony não é tão difícil”.
O sistema operacional, que será chamado de Hongmeng na China, é de código aberto e funciona em carros, aparelhos residenciais, relógios e outros dispositivos. A característica serve também como concorrência para o próprio Google e até mesmo a Apple.
As empresas norte-americanas possuem sistemas próprios para seus smartphones, computadores, dispositivos de IoT e wearables. Segundo Yu, o Harmony terá versões específicas para cada uma das funcionalidades. Por exemplo, a versão para smartphones exigirá mais espaço de armazenamento e será mais rápida do que a de um relógio, por exemplo.
A Huawei tem como um de seus objetivos também exportar o sistema mundialmente, permitindo que desenvolvedores produzam aplicativos a partir da linguagem de programação Java, C e C++.
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