Resumo:
- Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) recomendou hoje (6) que as pessoas parem de usar cigarros eletrônicos;
- Há pouco mais de duas semanas, eram investigados 153 casos de doenças pulmonares relacionadas ao “vaping”. Agora são mais de 450 incidentes;
- Os sintomas apresentados são falta de ar, fadiga, febre, náusea e vômito.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) recomendou hoje (6) que as pessoas parem de usar cigarros eletrônicos depois que três morreram e mais de 450 ficaram doentes com complicações pulmonares grave após utilizarem os dispositivos.
Uma investigação do CDC, em parceria com vários departamentos estaduais de saúde, está trabalhando para determinar o que os casos de mortes e doenças pulmonares, espalhados por 33 estados, têm em comum e quais produtos, os chamados “vapes”, estão deixando as pessoas doentes. Dana Meaney-Delman, uma médica filiada à agência que liderou o inquérito, disse que “enquanto essa investigação estiver em andamento, as pessoas não devem usar cigarros eletrônicos”, uma recomendação que se estende aos “vapes” de nicotina e cannabis.
Em 22 de agosto, há pouco mais de duas semanas, o CDC já estava investigando 153 casos de doenças pulmonares relacionadas ao “vaping”. Desde então, houve um salto para mais de 450 incidentes, um aumento de quase 200%. Os sintomas apresentados pelas vítimas incluem falta de ar, fadiga, febre e náusea e vômito.
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O Food & Drug Administration (FDA), a agência norte-americana reguladora de alimentos e medicamentos, recomenda que as pessoas evitem comprar “vapes” nas ruas, bem como dispositivos ou líquidos adulterados por consumidores ou varejistas terceirizados. As autoridades de saúde de Nova York anunciaram ontem (5) que estão investigando uma possível ligação entre o óleo de vitamina E presente no líquido dos cigarros eletrônicos e 34 casos de doença pulmonar.
“Existe claramente uma epidemia que implora por uma resposta urgente”, escreveu David Christiani, da Escola de Saúde Pública de Harvard, em um editorial no “The New England Journal of Medicine”. No texto, Christiani também disse que foram identificados líquidos de cigarros eletrônicos que contêm pelo menos seis grupos de produtos químicos tóxicos e que sua interação pode causar o aparecimento de novas toxinas nos usuários.
O FDA também já está investigando 127 relatos de convulsões possivelmente relacionadas aos “vapes”. Embora os cientistas ainda não tenham certeza do impacto a longo prazo do hábito na saúde, a maioria acredita que os cigarros eletrônicos são uma fonte de nicotina menos perigosa do que os de tabaco. O CDC recomenda que todos os não fumantes fiquem longe dos “vapes”. Os cigarros eletrônicos eram um negócio de US$ 2,3 bilhões em 2018, e os fabricantes estão buscando a aprovação do FDA para continuar vendendo seus produtos.
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