David Hertz, chef fundador da Gastromotiva, ONG que promove a inclusão através da gastronomia, foi pioneiro no país na iniciativa de utilizar a área de conhecimento como agente social, a fim de transformar vidas de pessoas em situação vulnerável. Desde 2006, ano em que fundou a Gastromotiva, vem atuando como formador de profissionais: 5.500 alunos já foram capacitados e encaminhados para o mercado de trabalho, e 100 mil crianças e famílias receberam orientações sobre nutrição.
Hoje, 5 de setembro de 2019, há mais motivos para celebrar o chef: ele é o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Charles Bronfman, no valor de US$ 100 mil, uma iniciativa filantrópica que reconhece a cada ano um agente com menos de 50 anos que desempenhe um trabalho humanitário, inovador e de importância para o mundo, e que também seja orientado por valores judaicos. O prêmio Charles Bronfman, que leva o nome do bilionário com fortuna avaliada em US$ 2,3 bilhões na lista da Forbes, foi criado por seus filhos (Ellen, Stephen, Andrew e Claudine) na ocasião de seu aniversário de 70 anos.
“Sinto-me responsável por representar os empreendedores sociais que promovem valores judaicos para além da nossa comunidade, multiplicando o conhecimento sobre os alimentos e mostrando como a gastronomia social pode abordar os desafios humanitários globais e transcender geografias, fronteiras político-econômicas ou religiões”, declara Hertz.
David Hertz foi indicado ao prêmio por Devry Boughner Vorwerk, a CEO do Fórum Econômico Mundial. Seu trabalho, em resumo, é melhorar o acesso a alimentos e minimizar as deficiências nutricionais — calcula-se que, hoje, 2 bilhões de pessoas sofram com a questão no mundo. “Enquanto um terço dos alimentos é desperdiçado, algo entre uma e oito pessoas vive em insegurança alimentar”, comenta Hertz.
Outro braço importante do seu trabalho é o Refettorio Gastromotiva, ação lançada em 2016 junto ao chef italiano Massimo Bottura, fundador do Food for Soul e proprietário do Osteria Francescana, eleito o melhor restaurante do mundo por vezes consecutivas, e também a jornalista brasileira Alexandra Forbes. Situado no Rio de Janeiro, o restaurante social, que já recepcionou mais de 80 chefs do mundo inteiro, serve jantares para pessoas carentes a partir de alimentos que seriam descartados. Estima-se que já foram servidas 113 mil refeições.
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