Eventos fazem parte do cotidiano da sociedade. O Rio de Janeiro tem o Rock in Rio, palco da música global. São Paulo teve a abertura da Copa do Mundo. Nova York tem a New York Fashion Week, e Los Angeles brilha com a transmissão do Oscar para o mundo. Munique tem a sua marcante Oktoberfest. E o Roland Garros, de Paris, com Federer, Nadal e Djokovic, faz um show de estratégia, precisão e ousadia.
Eventos servem também para celebrar a inventividade humana, a cultura de um povo e passar uma mensagem do que querem. Como o show oferecido a Nelson Mandela, quando ele ainda estava na prisão, que serviu de pressão política para sua saída do cárcere, durante o Apartheid, na África do Sul.
O mundo tem os seus eventos. E a periferia e a favela também têm os seus. Dos pancadões nas periferias, que são motores econômicos, aos cultos evangélicos que mobilizam milhares de fiéis, os jogos nos campos de várzea, os churrascos na laje, os saraus de poesia, os clássicos Palmeiras e Corinthians assistido nos bares, regados de cerveja. São eventos que compõem a realidade periférica.
Também criamos um evento com a nossa marca de fazer pontes, sobre muros. Um local onde periferia e favela se encontram com o centro, o mercado econômico. Onde a escola pública janta com a turma que foi para o Insper e Harvard. Todos sentarão à mesma mesa para o Jantar dos Falcões, no Hotel Unique, em 26 de novembro. Dia que completo 32 anos, contrariando as estatísticas.
Aliás, a proposta desse jantar é justamente fazer com que mais jovens negros, vindos de favelas, mais meninas de periferias, também consigam contrariar as estatísticas e sobreviver, mas não apenas sobreviver, ter sucesso na vida.
Neste jantar juntamos os dois lados do Brasil para criar um só país, onde a desigualdade da favela seja encontrada apenas no museu.
Juntamos a capacidade de entregar grandes eventos da agência Aktuellmix e a elegância da cenografia da MChecon. Montamos um comitê de marketing com cérebros potentes do mercado, presidido por Celio Ashcar. Engajamos o publicitário Nizan Guanaes e sua esposa, Donata Meirelles, para trabalhar pela favela, fazendo pontes.
Pontes feitas como a dupla Sabrina Satto e Ingrid Guimarães tocando um leilão. Glória Maria e Marina Ruy Barbosa fazendo a apresentação. Ainda teremos Anitta dando um show e Wanessa Camargo cantando “Hallelujah” com nosso coral, afinado na quebrada.
Nos próximos dias, vou dedicar o meu tempo para vender dezenas de mesas. Eu gosto de vender. Não tenho problema com isso.
Teremos lá CEOs, CMOs, empreendedores e membros da comunidade judaica, sentados ao lado dos membros da comunidade libanesa, como Nelson Cury Filho. Em cada mesa um jovem da periferia estará sentado, como anfitrião dos nossos convidados.
Da indústria da tecnologia à alimentação. De bancos a fintechs, passando pelos unicórnios. Do segmento de logística à aviação. Equilibrando o vinho da Quinta da Bacalhoa, Bueno ao guaraná Antárctica.
Também vão marcar presença empreendedores sociais que fazem parte da Rede Gerando Falcões, vindos desde Nordeste ao interior de São Paulo. Uma festa de mistura, como tem de ser a vida.
As empresas que mais estão tendo dificuldade de se reinventar são aquelas que menos têm diversidade. Porque todo mundo pensa igual para solucionar os problemas mais diferentes. Nesse jantar, vamos colocar todo mundo na mesa.
Eu vou pedir para você comprar uma mesa. Se você disser sim, a festa vai ficar ainda maior, e o impacto na sociedade, muito mais profundo. Um evento para ser lembrado. Não faz o menor sentido ficar de fora. Depois, vamos todos dizer: “Eu fui. Eu doei”.
Edu Lyra é autor do livro “Jovens Falcões” e fundador do Instituto Gerando Falcões. Foi selecionado pelo Fórum Econômico Mundial como 1 dos 15 jovens brasileiros que podem mudar o mundo, como parte do Global Shapers. Saiu na lista Under 30 da FORBES como um dos destaques do Brasil com menos de 30 anos.
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