Resumo:
- As “smart cities” são cidades conhecidas por usarem soluções altamente tecnológicas para problemas do cotidiano;
- De semáforos a lixeiras, essas soluções são abrangentes e ajudam no corte de gastos, no impacto ambiental e até na segurança pública;
- Veja abaixo como algumas dessas medidas tecnológicas funcionam:
Os postes sabem quando você está andando pelas ruas de Barcelona.
Com sensores inteligentes, eles podem iluminar mais ou menos conforme as pessoas passam. É uma forma de economizar energia, criando calçadas mais seguras 24 horas por dia. Parece intuitivo, mas para a cidade, é uma grande contenção: o sistema de iluminação de Barcelona causa uma economia de US$ 37 bilhões anualmente.
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A Organização das Nações Unidas estima que até 2050, 68% da população mundial viverá em áreas urbanas, e as cidades estão cada vez mais inteligentes para suprir as necessidades que vêm com esse crescimento. Elas combinam internet, tecnologia da nuvem e análises em tempo real.
O que torna uma cidade inteligente? O fluxo livre de informações entre aparelhos interconectados, diz Joe Malenfant, diretor de tecnologia da Cisco. Pense em um farol de rua que analisa condições de tráfego e da rua em vez de só mudar de vermelho para verde. “Eu mando dados, mas também recebo dados”, afirma. Toda essa informação é enviada para o centro de comando do sistema, como a plataforma de redes que a Cisco comanda em Barcelona, e “dessa forma, podemos aprender continuamente e mudar ou atualizar a medida do necessário”. Será que o farol deveria ficar verde por mais alguns segundos? Será que os ônibus deveriam tentar uma nova rota para evitar o trânsito?
Quando gerindo uma cidade, pequenos avanços como esses podem acabar afetando eficiência, segurança pública, impacto ambiental, e qualidade de vida. A potencial economia é enorme.
A seguir, você verá casos de cidades que já adotaram ou pretendem adotar planos como esses, e esse é só o começo:
Trânsito e mobilidade
- Semáforos inteligentes: semáforos conectados a sensores nas ruas monitoram os padrões do tempo e tomam decisões dinâmicas, como se o farol deveria estar vermelho ou verde, baseado nas condições de trânsito medidas em tempo real.
- Estacionamento sob demanda: sensores infravermelhos no chão das garagens e nas ruas enviam alertas a smartphones, guiando os motoristas às vagas disponíveis. Em uma cidade em Portugal, o tempo que alguém passa dando voltas e procurando vagas foi cortado pela metade.
Segurança pública
- Serviço de emergências em tempo real: câmeras são os olhos e ouvidos de equipes de emergência como bombeiros e policiais, equipando-os com informações cruciais sobre acidentes, crimes e outras urgências.
- Monitoramento de infraestruturas: sensores embutidos em concreto monitoram as atividades que indicam a necessidade de reparos em pontes e barragens, prevenindo tragédias.
- Iluminação inteligente: A Cisco estima que até 40% da conta de eletricidade de uma cidade vem da iluminação das ruas. Mudar para uma rede de luzes LED interconectadas, que reagem a pedestres e veículos, reduzem o impacto ambiental, crimes e custos.
- Gerência de desperdício: Lixeiras públicas alertam os serviços de coleta automaticamente quando estão cheias, ao invés de esperar pela data marcada para coleta, evitando que elas transbordem e melhorando o saneamento.
Enquanto esses avanços chegam a cidades pelo mundo, tecnologias como o 5G lideram a indústria de inovação urbana.
A Cisco, que serve 120 “smart cities” em 180 países, está se posicionando para criar a infraestrutura que sustenta esse crescimento. “Imagine se você tivesse 10 mil programas abertos. Seu computador provavelmente não têm capacidade para isso. As cidades precisam melhorar a capacidade de suas redes”, fala Malenfant.
A medida que os centros de comando das cidades migra para o ambiente online, à cibersegurança se torna cada vez mais importante. “Você precisa saber quão segura é sua rede e quão seguros são seus aparelhos, já que eles são um grande ponto de vulnerabilidade a ser explorado”, pontua o executivo.
Entusiasmo pode tentar líderes a progredir rapidamente sem testar sua segurança, mas, para Malenfant, os projetos das “smart cities” de sucesso focam na mudança que incrementa e envolvem especialistas em tecnologia e cibersegurança e legisladores trabalhando juntos a todos os momentos.
“Você não precisa ferver o oceano”, diz. “Comece pequeno.”
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