Os brasileiros precisam enfrentar a volatilidade com uma carteira de investimentos diversificada e de longo prazo. O conselho é de Gabriel Kallas, sócio-fundador da fintech Toro Investimentos, criada há quase 10 anos com foco em educação e tecnologia. Kallas detectou a oportunidade quando estudava no Colorado e descobriu que, já naquela época, metade da população norte-americana investia na bolsa de valores – uma realidade muito diferente da brasileira. Por aqui, a B3 só alcançou a marca de 1 milhão de investidores pessoas físicas em abril deste ano, após mais de uma década no patamar dos 600 mil. Apenas para efeito de comparação, entre 20% e 30% dos cidadãos asiáticos e europeus investem em renda variável.
De volta ao Brasil, Kallas passou a criar conteúdos específicos sobre investimentos, como cursos e apostilas, e a prestar consultoria, sempre com o modelo norte-americano em mente, onde grande parte dos investidores se valia de plataformas abertas e consultores para suas operações, sem depender dos grandes bancos e, portanto, com acesso a cobranças mais justas.
Assim nasceu a fintech que, por meio de uma plataforma de investimentos de renda variável inédita até então, aposentou o home broker e passou a permitir que as pessoas fizessem seus próprios aportes. Em 2016, após uma rodada de investimentos que captou R$ 100 milhões, tornou-se a primeira fintech do país a contar com a sua própria corretora. Hoje são 150 mil contas abertas, com a perspectiva de chegar a 200 mil até o final do ano. “A expectativa é ter 2 milhões até 2023”, diz Kallas, que toca o negócio ao lado dos sócios André Barbosa, Márcio Placedino, Gustavo Mendes, João Resende e Guilherme Alves. Só nos últimos 12 meses, a empresa movimentou R$ 100 bilhões em investimentos.
Kallas acredita tanto na bolsa de valores como alternativa para os brasileiros que definiu um sistema de cobrança, segundo ele, inédito no mundo: os investidores só pagam a taxa de corretagem se tiverem lucro. Atualmente, cerca de 30% dos negócios da empresa são relacionados à bolsa, de um portfólio formado também por fundos imobiliários, renda fixa e tesouro direto. “Apostar em educação com recomendação é, para mim, a chave do sucesso. Os investimentos mais conservadores estão pagando rendimentos muito baixos. Quem quiser melhor rentabilidade vai ter que caminhar nessa direção.”
****
A caminho do topo
Jane Fraser, executiva de longa data do Citigroup, pode estar a caminho para se tornar a primeira mulher à frente de um grande banco norte-americano. Promovida a presidente por Michael Corbat, atual CEO de uma das maiores instituições financeiras do mundo no último dia 24, Jane tem 15 anos de atuação em várias áreas da companhia, incluindo a de estratégia corporativa e a de fusões e aquisições durante a crise financeira e, mais recentemente, a operação do Citi Latin America. O anúncio levantou especulações de que Jane pode ser a sucessora de Corbat, já que o executivo mencionou que ela está comprometida em liderar a empresa “nos próximos anos”. A conferir.
****
O custo do câncer
O Brasil gastou, em 2017, R$ 68,2 bilhões com o câncer. O valor foi revelado em um estudo inédito encomendado pela Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. O levantamento investigou a jornada do paciente oncológico e considerou gastos diretos com a doença, como medicamentos, hospitalização e cirurgias, e indiretos, como morte prematura, absenteísmo e aposentadoria. O Sistema Único de Saúde (SUS) desembolsou R$ 4,5 bilhões em custos diretos, sendo a quimioterapia responsável pela maior parte (48%), seguida pela radioterapia (10%) e pela hormonioterapia (7%). O sistema de saúde suplementar arcou com outros R$ 14,5 bilhões. Entre os custos indiretos, o maior impacto é com as mortes prematuras – o que se deixa de ganhar com a produtividade esperada de acordo com a expectativa de vida das vítimas fatais: R$ 47,8 bilhões. As faltas ao trabalho dos pacientes custaram mais R$ 1,3 bilhão ao país, enquanto os benefícios por incapacidade – auxílio doença e aposentadoria por invalidez – somaram outros R$ 137 milhões.
****
Brinquedos reciclados viram crédito
Uma das maiores fabricantes de brinquedos do mundo, a Hasbro traz ao Brasil uma parceria que já funciona nos Estados Unidos, França e Alemanha. Junto com a Terracycle, a empresa anunciou um programa de reciclagem de seus brinquedos e embalagens. Enviados pelo correio, sem custo para os consumidores, os resíduos serão utilizados pela empresa de soluções ambientais na construção de playgrounds, vasos e bancos de parques, entre outros produtos. Para estimular a participação, cada 100 gramas enviadas gera um crédito de R$ 0,10 que pode ser destinado a uma entidade sem fins lucrativos ou escola pública escolhida pelo participante.
****
Parceria aérea
Paulo Kakinoff, presidente da Gol, e Anko van der Werff, CEO e presidente da Avianca Holdings, anunciaram um novo acordo de codeshare que permite que os clientes façam conexão direta em voos das duas empresas. Inicialmente, a parceria vai possibilitar que a Avianca venda trechos a partir dos seus hubs de Bogotá e Lima, capitais dos países que mais movimentam passageiros de e para o Brasil. O acordo contemplará 60 destinos nacionais e 16 internacionais da Gol, em 11 países, e 26 destinos da Avianca na Colômbia e 50 na América e Europa.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.