Interromper o aquecimento global custará, ao mundo, US$ 50 trilhões até 2050. A constatação é do Morgan Stanley, em um recente relatório que aponta as previsões de gastos em cinco áreas distintas. As energias renováveis, por exemplo, exigirão investimentos de US$ 14 trilhões para se tornarem responsáveis por suprir 80% da demanda – contra os atuais 37%.
Os veículos elétricos se tornarão mais importantes do que nunca para reduzir as emissões de gases de efeito estufa: serão necessários US$ 11 trilhões para construir mais fábricas e desenvolver as baterias e a infraestrutura necessárias para uma ampla mudança. A previsão é que veículos do tipo cheguem a quase 950 milhões em 2050.
A captura e armazenamento de carbono, que segundo o grupo financeiro é a única opção viável para reduzir as emissões de usinas a carvão, é outra área importante e precisaria de cerca de US$ 2,5 trilhões em aportes. O hidrogênio, que pode ajudar a fornecer combustível limpo para energia, carros e outras indústrias, consumirá outros US$ 20 trilhões para ajudar na produção de gás, aumentar a capacidade das usinas de energia e gerenciar seu armazenamento.
Já os biocombustíveis, como o etanol, serão essenciais para o transporte global do futuro e, muito provavelmente, abastecerão as aeronaves e outros tipos de veículos além dos automóveis. Só para eles, a previsão é que sejam consumidos US$ 2,7 trilhões.
O levantamento ainda constatou que, além das consequências sociais e ambientais da falta de ação sobre as mudanças climáticas, o aumento da temperatura pode resultar em perdas entre US$ 10 trilhões e US$ 20 trilhões do PIB global até 2100. O Morgan Stanley também apontou empresas que poderiam assumir a dianteira na missão de lutar contra as mudanças climáticas: SunPower, General Electric e Huaneng Renewables, na área de energias renováveis; Tesla, em veículos elétricos – “a única realmente no jogo, embora possa ser seguida, no longo prazo, por Volkswagen e Toyota”; Bloom Energy, Exxon, Chevron e BP no desenvolvimento de tecnologias de captura e armazenamento de carbono; Air Liquide, Siemens e Alston no que diz respeito ao hidrogênio; e Neste, a brasileira São Martinho, Shell e Valero Energy, nos biocombustíveis.
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Melhores universidade da AL
A consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS) divulgou, nesta semana, ranking que avalia 400 universidades da América Latina de acordo com critérios como reputação acadêmica, empregabilidade, razão professores/estudantes, número de professores com doutorado, rede de pesquisa internacional, citação de artigos, número de artigos por professor e impacto na web. Assim como aconteceu na versão do ano passado da lista, a Universidade de São Paulo aparece na vice-liderança, atrás da Pontifícia Universidade Católica do Chile. A Unicamp, que no último ranking aparecia em 3º lugar, caiu para a 5ª posição, enquanto a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a UNESP mantiveram suas colocações: 9ª e 11ª respectivamente. Veja, a seguir, as 10 universidades mais bem classificadas da América Latina:
1) Pontifícia Universidade Católica do Chile (Chile)
2) Universidade de São Paulo – USP (Brasil)
3) Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (México)
4) Universidade dos Andes (Colômbia)
5) Universidade Estadual de Campinas – Unicamp (Brasil)
6) Universidade Nacional Autônoma do México (México)
7) Universidade do Chile (Chile)
8) Universidade de Buenos Aires (Argentina)
9) Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (Brasil)
10) Universidade Nacional da Colômbia (Colômbia)
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Venda fácil
A Karavel, plataforma que conecta agricultores brasileiros a compradores em mais de 30 países, comemora R$ 500 milhões movimentados nos primeiros nove meses de atuação. Funciona assim: os agricultores cadastram seus produtos e a trading digital calcula todos os custos – fretes, despesas portuárias, documentação, manuseio. Os valores são incorporados a uma oferta internacional, feita a todos os compradores do mundo cadastrados na plataforma. Os valores são convertidos em tempo real, o que facilita a negociação. Isso significa que o agricultor brasileiro pode oferecer seus produtos em reais. “Ele diz o preço que considera justo e o comprador verá o preço na moeda do seu país, já com todos os custos de exportação inclusos”, explica Alvaro Nunes, CEO da empresa. “Os vendedores e os compradores não precisam se preocupar em como será o transporte ou com pagamento. Nosso sistema identifica o melhor modal e, assim que eles fecharem o negócio, o pagamento ao agricultor será feito à vista.” Veja, a seguir, os produtos mais comercializados pela plataforma:
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Fusões e aquisições em alta
As movimentações de fusão e aquisição, incluindo aquisições de controle, incorporações e vendas de participações minoritárias, somaram R$ 108,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. O volume é 20% maior que o registrado no mesmo período de 2018, de R$ 90,6 bilhões. O destaque fica para as operações que movimentaram mais de R$ 1 bilhão, cuja participação foi recorde da série histórica da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), iniciada em 2009. Do total, 36,3% das transações foram superiores a esse valor, sendo que 5,5% passaram de R$ 10 bilhões.
Embora o número de operações tenha sido ligeiramente mais baixo do que nos seis primeiros meses do ano passado – 55 contra 58 –, a alta no volume em 2019 foi influenciada pelo escopo das transações realizadas: os dez maiores anúncios representaram 78% do montante total. O maior deles foi a venda da TAG (Transportadora Associada de Gás) pela Petrobras por R$ 34,2 bilhões. Na sequência está a aquisição da Avon pela Natura, por R$ 14,9 bilhões, e o negócio de R$ 10,3 bilhões fechado entre a Petronas e a Petrobras no Campo Tartaruga Verde.
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A luxuosa nave de Luke Skywalker
Os designers da Porsche e da Lucasfilm estão trabalhando em uma nave estelar fake que será apresentada na estreia de “Guerra nas Estrelas: A Ascensão do Skywalker”, marcada para dezembro. A equipe formada por representantes da montadora de carros esportivos e da produtora famosa pela narrativa de Luke Skywalker se reunirá regularmente em Stuttgart, na Alemanha, e em São Francisco, nos Estados Unidos, nas próximas semanas para projetar a espaçonave e criar um modelo.