O megainvestidor indiano Jay Pandya, proprietário de 160 franquias de marcas como Pizza Hut, Arby’s, Checkers and Rally’s e Dunkin’ Donuts na costa leste dos Estados Unidos, sob o guarda-chuva do Rohan Group, vai investir US$ 50 milhões na abertura de 50 lojas da brasileira Hot n’ Tender em território norte-americano. A primeira, prevista para janeiro de 2020, será na Filadélfia. Depois dela, a expectativa é inaugurar outras 25 ao longo do ano e, até o fim de 2025, ter todas em funcionamento na Pensilvânia e no estado de Nova York.
À frente da operação está Dany Levkovits, filho do fundador da HNT, rede de frango crocante criada em 1995, na zona norte do Rio de Janeiro. “Meu pai tinha uma fábrica de guarda-chuva e, com a abertura das importações da China, acabou falindo”, lembra o empresário de 44 anos que, na época, cursava Administração. “Tive então a ideia de investir em um fast food de frango frito. A KFC tinha acabado de desembarcar por aqui, mas esse não era um hábito do brasileiro. Montamos a loja, que ficou sob a responsabilidade dele, e eu fui cuidar da minha produtora de áudio”, conta.
Em 2014, com a morte do pai, Levkovits achou que fechar a única loja ia dar muito trabalho. Decidiu, então, investir no negócio. Mas antes fez algumas mudanças. Uma delas foi desossar o frango, já que percebeu, em anos de atuação, um certo desconforto dos brasileiros em comer com as mãos. Em seguida, decidiu apostar em um modelo de franquia. Para isso, foi à China e descobriu um fornecedor da fritadeira – essencial para o negócio – que tinha um preço competitivo. E assim começou a empreitada. Hoje, a rede conta com 44 lojas em oito estados que crescem, em média, 30% ao ano em faturamento. E a previsão é ter 80 até o fim de 2020 – todas franqueadas, com exceção da primeira, aquela de 1995, que hoje funciona como uma loja piloto.
A expansão para fora do Brasil era um caminho natural – embora os Estados Unidos pareçam uma escolha inusitada, afinal, a cultura do frango frito é fortíssima por lá e não faltam redes consolidadas no segmento. Com a recente pressão mundial pela diminuição no consumo de carne vermelha, então, a indústria do frango vive seu melhor momento. Pesquisas encomendadas pela Associação Nacional de Restaurantes (NRA) nos Estados Unidos e divulgadas no evento NRA 2019, realizado em maio, em Chicago, apontam que as cadeias de frango estão crescendo a taxas de 8% ao ano, acima da média do setor. A Chick-fil-A, uma das redes de fast food de frango de maior destaque por lá, já ocupa o 5º lugar no ranking geral de redes norte-americanas de restaurantes, desbancando gigantes como Burger King e Wendy’s.
O encontro entre Dany Levkovits e Jay Pandya se deu em abril, em um evento internacional de franchising realizado nos Estados Unidos, com a promoção da APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. “Pandya nos conheceu lá e manifestou interesse em entrar no segmento de fast food de frango”, conta o brasileiro. “Mas ele não queria ser um franqueado, pagar royalties. Queria ter lojas próprias. Então fizemos um modelo proprietário de concessão de marca.”
Desde então, Levkovits já foi outras sete vezes aos Estados Unidos. Há três semanas, o contrato foi fechado. Ele não revela quanto ganhou com a operação, mas cada uma das lojas receberá um investimento de US$ 1 milhão. E o desempenho das unidades norte-americanas vai definir os próximos passos. Como investidor que começou seus negócios em real state, Pandya tem terrenos e imóveis espalhados em vários lugares. “A ideia é expandir para o resto do mundo.”
Levkovits garante que o produto da HNT não deixa nada a desejar para os reis do frango. “É super crocante e feito com gordura de algodão, que o deixa pouco oleoso”, diz. Segundo ele, Pandya provou e gostou. Mas, claro, algumas adaptações terão que ser feitas para agradar ao paladar norte-americano. Uma delas é a criação de uma versão mais apimentada. O molho barbecue, ainda muito consumido no Brasil, não é mais uma tendência nos Estados Unidos. “Estamos desenvolvendo opções mais exóticas, que estão na moda atualmente por lá.”
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As marcas de carros mais valiosas do mundo
A Kantar acaba de divulgar o recorte das marcas de automóveis mais valiosas do mundo do seu estudo BrandZ Global. Apesar de a Toyota aparecer no topo, o destaque desta edição do levantamento vai para as montadoras alemães, que ocupam exatamente 50% da lista. Veja, na tabela a seguir, as Top 10:
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Nielsen divide áreas de negócios
A gigante global de informações, dados e pesquisas Nielsen vai dividir seus negócios em duas empresas independentes de capital aberto: a Global Media e a Global Connect, cada uma delas com foco estratégico mais nítido e maior oportunidade de aproveitar as vantagens competitivas. A Nielsen Global Media será responsável por fornecer métricas do setor de mídia, ajudando as empresas a definirem o querem alcançar e a potencializar os resultados. Já a Nielsen Global Connect ficará encarregada de fornecer, aos fabricantes e varejistas de bens de consumo, informações do mercado, por meio de um modelo preditivo que transforma observações em decisões estratégicas e soluções. A expectativa é que a operação de cisão esteja finalizada nos próximos nove a 12 meses.
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B: a digital influencer do momento
Uma recente notícia sensibilizou o mundo: o extermínio das abelhas e suas consequências para o ecossistema. Só no Brasil, estimativas apontam que 500 milhões morreram entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019 por causa do uso de agrotóxicos. O cenário inspirou o surgimento da primeiro digital influencer de abelhas, batizada de B, que tem como missão arrecadar dinheiro para iniciativas que ajudem a salvar a população em declínio. Com 165 mil seguidores, a nova estrela das redes sociais é, na realidade, um personagem criado por meio da computação gráfica pela Foundation de France (FDF), uma rede filantrópica do governo francês. “Na França, mais de 30% das colônias de abelhas desaparecem a cada ano”, diz o site do Bee Fund, criado para financiar as ações. “Proteger as abelhas significa proteger os seres humanos.”
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