As pesquisas de opinião estão cada vez mais precisas na captação do sentimento popular. Os resultados sobre a popularidade do presidente da República, por exemplo, são eloquentes. Os números estão aí e são inquestionáveis: o presidente Haddad termina seu primeiro ano de governo com 171% de aprovação (entre bom, ótimo, magnífico e lindo de morrer).
Os números não mentem. Quem mente são os adestradores dos números – mas isso não é assunto seu, então fica na sua. Voltando às pesquisas: a maioria da população aprovou a ação implacável da ministra Manuela D’Ávila em favor da bisbilhotice contra autoridades – prática fundamental para a democracia que andava totalmente abandonada. A ministra da Arapongagem fez em 2019 um trabalho sem precedentes na promoção de hackers que ganham a vida roubando honestamente conversas dos homens da lei e vendendo para a bandidagem amiga.
Outro avanço reconhecido pela população nas pesquisas foi obtido pelo ministro Lulinha no Ministério da Família, dos Amigos e dos Sócios. Exatos 132 milhões, ou melhor, 132% dos brasileiros aprovaram a venda de favores para empresa de telefonia em troca de um pouco de paz em Atibaia – e todos acharam a antena particular da Oi no sítio “um luxo”.
Como se vê, as pesquisas estão captando tudo. Tudo mesmo. Uma das áreas mais populares do governo Haddad em 2019, segundo os levantamentos feitos com a totalidade da população a bordo do jatinho do amigo do Lula, foi a do Ministério da Censura Democrática. Os brasileiros expressaram índices de satisfação extraterrenos com a legalização das fake news de grife – que operaram o milagre de transformar um ex-suplente de presidiário em presidente imaginário dos tolos. O ministro Sombra, da Censura Democrática, festejou o resultado da pesquisa e prometeu continuar tentando esconder de todas as formas as ações de recuperação do Brasil, esse insolente.
A maioria da população também achou acertada a nomeação pelo novíssimo governo petista de Ciro Gomes para o Ministério da Mitomania. O detalhamento da pesquisa mostra que os brasileiros estavam profundamente entediados com uma economia baseada em números reais – considerando um grande avanço institucional a transformação das contas públicas em literatura de cordel. Contra a aridez dos números, o semiárido do Leblon.
Para 2020, as pesquisas preveem novos números catastróficos para o fascismo chato, bobo e feio, e estatísticas deslumbrantes para o presépio do bom ladrão & sua casta de bajuladores letrados.
Guilherme Fiuza é jornalista e escritor com mais de 200 mil livros vendidos, autor dos best-sellers “Meu nome não é Johnny” (maior bilheteria do cinema nacional em 2008), “3.000 dias no bunker” (história do Plano Real, também adaptado para o cinema), “Bussunda – A vida do casseta”, entre outros. Escreveu o romance “O Império do Oprimido” e é coautor da minissérie “O Brado Retumbante” (TV Globo), indicada ao Emmy Internacional.
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