Toda semana reservo um espaço na agenda para responder a perguntas frequentes, sobretudo, após minha participação no quadro de finanças “Mary Poupe”, na TV Record. A mais comum é: “Tenho medo de investir. É seguro?”.
Medo, palavra de origem no vocábulo latim “metus”. Substantivo abstrato, exprime uma emoção desagradável por ser amigo íntimo do perigo. Todo animal evita essa sensação como forma de garantir sobrevivência. Logo, fugir do desconhecido até parece razoável, mas em muitos casos pode ser um tanto quanto imprudente.
No mundo das finanças, quanto mais medo menor a chance de superar estatísticas: de cada 10 mulheres, 8 precisarão cuidar muito bem do dinheiro. Ou seja, aprende quem quer, investe quem tem juízo.
Afinal, é seguro investir?
Para começar, responda: qual foi o único investimento até hoje confiscado de todas as contas bancárias no país? Onde está guardada a esmagadora maioria desses recursos?
Exatamente, na queridinha dos brasileiros: a poupança!
Hoje quem deixa recursos na caderneta perde anualmente 0,11% do que poupou, pois a inflação não supera os ganhos.
E o que fazer?
Investir de forma inteligente, de preferência, por meio de shoppings de investimentos, as corretoras, e por que não sozinha? Ter informação é fundamental para saber exatamente onde assessores, gerentes de bancos e family offices alocam seu dinheiro.
Mas e se a instituição escolhida quebrar? Perde-se tudo?
Existe uma mãe do sistema financeiro que se chama Conselho Monetário Nacional. Essa instituição regula o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários, que cuida das corretoras. Conclusão: as regras e a segurança funcionam da mesma forma que em um banco. Quando você investe, ou seja, compra produtos financeiros, as garantias oferecidas pelo sistema financeiro são as mesmas. Por isso, você pode ficar absolutamente à vontade para fazer seu plano de investimentos via corretoras e escolher entre produtos de renda fixa como CDBs, LCIs e LCAs, Letras de câmbio, Letras imobiliárias etc.
Essa sopa de letrinhas parece difícil? Pois são apenas iniciais de produtos financeiros que podem estar dentro do seu carrinho de investimentos e contam com a proteção do FGC (fundo garantidor de crédito), uma espécie de seguro para que essas opções de renda fixa possam ser adquiridas sem que haja risco ao investidor em aplicações de até R$ 250 mil por CPF e por instituição. Se a instituição financeira onde está seu dinheiro falir, você recebe tudo de volta. Simples assim. Portanto, não tenha medo.
Ficou claro?
Convido você a dar uma chance ao novo. Com medo mesmo, abra sua conta em uma plataforma de investimentos e faça seu primeiro investimento. No meu instagram, Mary Poupe, eu ensino o passo a passo dessa rica aventura em sua vida.
No mundo das finanças, não existe sorte ou azar: mulher que não se desespera com seu futuro investe desde ontem.
Francine Mendes é educadora financeira para mulheres, economista pela Universidade Federal de Santa Catarina, com mestrado em psicanálise do consumo pela Universidade Kennedy. Apresentadora do canal Mary Poupe, no YouTube, e comunicadora na RiCTV Record.
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