O Ibovespa teve uma abertura em queda livre hoje (31), acompanhando um clima de aversão ao risco nos mercados globais diante das últimas notícias de disseminação do coronavírus.
Às 10h27, horário de Brasília, o índice já perdia 1,32% aos 113.933 pontos.
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As principais quedas do Ibovespa eram da Gol (GOLL4) com recuo de 2,88% a R$ 34,03, Azul (AZUL4) com menos 2,86% a R$ 58,00, Eletrobras (ELET3) com desvalorização de 2,83% a R$ 38,78, CSN (CSNA3) que caía 2,54% a R$ 13,07 e Cyrela (CYRE3) com recuo de 2,43% a R$ 31,68.
A única alta do índice era da Embraer (EMBR3) com valorização de 0,28% a R$ 18,15.
Ontem, a Organização Mundial da Saúde declarou a propagação do coronavírus como situação de emergência de saúde pública de interesse internacional. Autoridades já reportaram mais de 10 mil casos de contágio em todo o mundo. Na China, a doença já matou mais de 200 pessoas.
De acordo com o consultor financeiro André Massaro, os investidores aguardavam um evento como o coronavírus para “testar” o topo do mercado e começar a vender.
“Vemos um momento de bullmarket histórico, com o S&P500 num gráfico ascendente há mais de 10 anos e o Ibovespa subindo há quatro anos. O coronavírus acaba sendo o evento mundial que causa o nível de estresse e insegurança para desencadear este forte movimento de venda”, explica Massaro.
O mercado de câmbio tem um motivo a mais para o estresse, além do coronavírus: é o dia de formação da PTAX e o Banco Central realiza leilão de linha de até US$ 3 bilhões, ou seja, venda desta quantidade de dólares para tentar frear a alta da cotação da moeda norte-americana em relação ao real.
Às 10h42, horário de Brasília, o dólar subia 0,59% a R$ 4,26. O euro tinha valorização de 0,76% a R$ 4,71.
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Luciene Miranda é jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios com coberturas independentes na B3, NYSE, Nasdaq e CBOT
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