Promotores franceses que investigam uma festa na qual o ex-chefe da Renault-Nissan Carlos Ghosn deu para sua esposa no suntuoso palácio de Versalhes irão pedir, nas próximas semanas, que os juízes examinem o caso, ficando mais próximos de uma denúncia.
Os promotores têm investigado se Ghosn – agora no Líbano depois de ter fugido, no mês passado, do Japão, país no qual é acusado de má conduta financeira – usou conscientemente os recursos da empresa para promover uma festa destinada a fins particulares.
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Um funcionário do gabinete da promotoria em Nanterre, próximo de Paris, que tem lidado com a investigação, afirmou à Reuters que um juiz ou juízes seriam designados para prosseguir com o caso contra Ghosn.
Os juízes têm poderes mais amplos do que os promotores para conduzir um caso criminal. Eles podem, em determinadas circunstâncias, ordenar a detenção de um suspeito pendente de julgamento ou emitir um mandado de prisão internacional se o suspeito estiver no exterior.
Questionado pela Reuters, Jean-Yves Le Borgne, um dos membros da equipe jurídica de Ghosn, disse que o executivo não tinha feito nada de errado em relação à festa, mas pode ter havido um mal-entendido entre Versalhes e os planejadores do evento que trabalhavam para ele.
O advogado disse que Ghosn se ofereceu para pagar o custo, de € 50 mil, do aluguel do local.
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