O dólar fechou na maior queda em quase duas semanas ante o real hoje (14), chegando a perder o suporte de R$ 4,30 apenas um dia depois de bater recorde acima de R$ 4,38, com o mercado interpretando novo leilão de swap cambial do Banco Central como indicativo de que a depreciação recente da taxa de câmbio pode ter sido rápida demais.
O real teve o melhor desempenho entre as principais moedas nesta sessão, depois de dias liderando as perdas. A queda do dólar ontem (13) e nesta sexta fez a moeda acumular baixa na semana, quebrando uma sequência de seis semanas de valorização.
Em dois dias, a queda acumulada foi de 1,14%, o que fez o dólar tocar o suporte de uma linha de tendência. A perda sustentada do suporte de R$ 4,30 pode disparar ordens de “stoploss” (no caso, vendas automáticas) e reforçar o ajuste de baixa depois de o dólar acumular alta de mais de 8% no ano.
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O dólar à vista terminou esta sessão em queda de 0,79%, a R$ 4,3012 na venda – maior desvalorização diária desde 3 de fevereiro (-0,86%). Na mínima do dia, a cotação desceu a R$ 4,2924.
Na B3, o dólar futuro tinha baixa de 1,23% nesta sexta, a R$ 4,2995.
Na semana, o dólar recuou 0,46%, primeira queda semanal em 2020. O período foi marcado pelo retorno do Banco Central às operações de venda líquida de swaps cambiais, conforme o real se depreciava mais rapidamente que outras divisas emergentes. Apenas nesta semana, o BC vendeu US$ 2 bilhões nesses contratos, primeira operação do tipo desde agosto de 2018.
Analistas do Citi entendem, contudo, que a intervenção tende a “funcionar” apenas no curto prazo. De forma geral, os estrategistas esperam que o real retome a depreciação, afetado por aumento de déficit em conta corrente, juro menor e a perda de vigor da economia, entre outros fatores.
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