O dólar operava em alta contra o real neste pregão, chegando a renovar sua máxima recorde histórica acima de R$ 4,30, acompanhando a força da moeda norte-americana no exterior e de olho nos dados de hoje (7) sobre a inflação brasileira.
Às 10:09, o dólar avançava 0,17%, a R$ 4,2933 na venda, mas, na máxima, logo após a abertura, a cotação bateu R$ 4,3015, recorde histórico intradia. O dólar futuro de maior liquidez operava em alta de 0,22% neste pregão, a R$ 4,296.
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O IPCA desacelerou a alta a 0,21% em janeiro, de 1,15% em dezembro, de acordo com os dados divulgados hoje (7) pelo IBGE.
A inflação oficial começou o ano sob menor pressão dos preços das carnes e arrefeceu mais do que o esperado em janeiro, registrando a taxa mais baixa para o mês em 26 anos.
De acordo com Cleber Alessie Machado, operador da Commcor, o movimento cambial desta sessão reflete uma “reação limitada” à inflação, já que o arrefecimento dos preços – que pode gerar redução do diferencial de juros entre Brasil e concorrentes – foi compensado pela sinalização do Banco Central de uma interrupção no seu ciclo de cortes de juros.
“O BC foi muito incisivo, indicando fim de cortes de juros”, disse. “Se, por exemplo, tivesse surpreendido as expectativas com um corte mais acentuado ou adotado uma posição mais ‘dovish’ (branda), o dólar teria um movimento bem mais exagerado.”
No exterior, o dólar ganhava contra boa parte das moedas emergentes, como peso mexicano, lira turca e rand sul-africano, e avançava contra uma cesta de moedas. A força da moeda norte-americana se espalhava para os mercados brasileiros, prejudicando o real.
“É um movimento global: o dólar sobe lá fora, e, ao mesmo tempo, há uma dinâmica ruim no cenário doméstico para o real”, disse Machado. “Nosso diferencial de juros é muito ruim em relação a nossos pares, não há fluxo estrangeiro – na verdade, há saídas – e não temos grau de investimento.”
Entre 11h30 e 11h40 de hoje (7), o Banco Central ofertará até 13 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento abril de 2020.
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