O jovem Gabriel Abrão, 24 anos, não parece surpreso com o sucesso de seus restaurantes. Ele encabeça a gestão da empresa que comanda duas unidades do Kitchin e uma do Su, ambos japoneses, em São Paulo. Os empreendimentos faturam juntos R$ 40 milhões, e Abrão está pronto para as próximas empreitadas, frutos de planejamento minucioso. Em abril deste ano, ele abre sua terceira marca, o AIMA, no shopping Iguatemi, também na capital paulista. “Enxergamos um espaço para trazer um novo conceito em culinária quente japonesa, contemporânea e inventiva”, ele contou com exclusividade à Forbes Taste. A novidade terá investimento de cerca de R$ 6 milhões.
A outra aposta de 2020 é internacional. Como o Kitchin, que faz sucesso por seu conceito que prioriza a exclusividade, o Su é um restaurante japonês de alta gastronomia, mas tem projeto escalável, com foco principal em shoppings, apesar de o empresário dizer que está aberto a oportunidades de rua. “O plano é abrir um por ano em cinco anos”, conta. No final deste ano, no entanto, o Su vai navegar outros mares: a casa abrirá uma unidade em Miami, mais precisamente em Aventura.
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“Fizemos captação, e é um risco que não tem exposição à nossa operação daqui. O projeto também é abrir cinco restaurantes em cinco anos nos EUA”, diz Abrão. Com investimento de US$ 3 milhões, ele confia que o Su norte-americano não terá o destino infame de tantos restaurantes brasileiros abertos (e fechados) internacionalmente. “Entendemos que há um caminho diferente a ser traçado, por criar um conceito para o morador de lá”, pontua, afirmando que o cardápio será diferente do Su nacional. “É um erro estratégico chegar como restaurante brasileiro.”
Para este ano, com os investimentos, Abrão espera “crescimento relevante”, sem dar números concretos. “Temos perspectivas otimistas do país, mas nosso modelo de negócios me faz acreditar que conseguiremos colher muitos frutos nos próximos anos”, afirma.
O sucesso ele justifica com trabalho, gestão cuidadosa e “replicação de modelos de atendimento para crescer de forma estruturada”. “Eu exaltaria três pilares. Atendimento, já que fazemos trabalho recorrente de qualificação de profissionais e buscamos valorizar os colaboradores; qualidade de matéria-prima e ambiente. Isso define muito bem o que queremos oferecer ao nosso cliente”, diz. O faturamento pode ser explicado pelo fluxo de pessoas e pelo ticket médio, que passa de R$ 200, no Kitchin original, no Itaim, segundo o empresário. A casa foi aberta em meados de 2016, empreendimento idealizado por Abrão ao lado dos sócios Fernando Ramalho, Denis Watanabe e José Ferreira Souza, que foram pescados do renomado japonês Nagayama, local que era frequentado pelo empreendedor e sua família.
A empresa que, com o AIMA, terá cerca de 200 funcionários ao todo também quer investir em profissionalização de pessoal. A falta de mão-de-obra qualificada no mercado motivou a criação de uma escola, em parceria com Eduardo Lyra, da Gerando Falcões. “Temos de olhar para dentro e ver quem são as nossas joias. A principal forma de dar robustez a essa qualificação vinda de dentro é criar uma estrutura para qualificar o profissional e ter uma recorrência maior de talentos.”
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Mudança de gestão no Marakuthai
A chef e empresária Renata Vanzetto não comanda mais o Marakuthai, restaurante que a alçou ao estrelato. Os dois restaurantes de São Paulo e a marca foram vendidos ao grupo baiano Ergo. O estabelecimento na Ilhabela, litoral norte de São Paulo, segue nas mãos da família Vanzetto, mas mudará de nome. Renata continua à frente dos outros empreedimentos: Ema, Muquifo, MeGusta, Matilda e o recém-aberto Mé. Em postagem no Instagram na manhã de hoje (7), a chef disse que o cardápio do Marakuthai não mudará e que o grupo tem planos de expansão para a marca. “É um grupo com várias frentes, formado por jovens hiperativos como eu (…) Tivemos uma sinergia grande e acredito que é por isso que a venda rolou!”, escreveu a Forbes Brasil Under 30 de 2018.
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Aniversário no Seen
O chef William Ribeiro, que comanda a cozinha do Seen Restaurante & Bar (projeto do chefpreneur português Olivier da Costa) celebra seu aniversário na terça, dia 11, com menu exclusivo criado em conjunto com os colegas Benny Novak, Leo Botto e Renata Vanzetto. Os preços dos quitutes especiais, como queijo coalho com melaço de cacau, de Botto, são convidativos, de R$ 18 a R$ 40. O restaurante fica no 23º andar do hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.
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Prato do dia
O Tre JK, italiano irmão do Tre Bicchieri comandado pelo chef Rodrigo Queiroz, tem agora sugestões de prato do dia no almoço. Às segundas, por exemplo, a casa serve a Grigliata al mare com verdure (R$ 153), um misto de frutos do mar grelhados à mediterrânea. Já aos sábados, a pedida é a Insalata fredda mare (R$ 135), com misto de frutos do mar grelhados, salada verde e tomate cereja assado.
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Especiais no Eataly
O empório italiano Eataly realiza de hoje (7) a domingo (9) a primeira edição do Pasta Weekend, evento dedicada à massa com pratos especiais de chefs convidados a R$ 28. Participam do evento, além do chef da casa, José Barattino, Paola Carosella (Arturito e La Guapa); Antonio Maiolica (Antonietta Cucina); Luca Gozzani (Hotel Fasano) e André Mifano (Lilu) criaram pratos que tem a massa como ingrediente principal. A receitas ganham também versão em workshops gratuitos com cada um dos chefs. Veja a programação:
Paola Carosella
7/2, às 18h
Spaghetti com abobrinha, manjericão e limão siciliano
Antonio Maiolica
8/2, às 11h
Pasta e Patate
André Mifano
8/2, às 18h
Fettuccine com lula, bacon, tomate tostado e vinho branco
José Barattino
9/2, às 11h
Ravioli di manzo al funghi (ravioli de carne ao molho de cogumelos)
Luca Gozzani
9/2, às 18h
Gnudi di ricotta al pesto e funghi (nhoque rústico à base de ricota ao pesto com cogumelos)
A casa ainda oferece até o dia 16 de fevereiro uma série promoções de vinhos, queijos e massas na Festa Della Pasta, que antecede a inauguração de um novo restaurante no complexo.
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