A estrela do tênis Maria Sharapova anunciou sua aposentadoria ontem (26) em um ensaio exclusivo para as revistas “Vogue” e “Vanity Fair”. Sharapova, 32 anos, venceu cinco Grand Slams e foi a atleta feminina mais bem paga da Forbes por 11 anos seguidos. No entanto, lesões e uma suspensão por doping a mantiveram fora das quadras por grandes períodos nos últimos quatro anos. Seus ganhos na carreira, de US$ 325 milhões, provenientes de prêmios em dinheiro, patrocínios e aparições a fazem ocupar o segundo lugar entre as mulheres, atrás da adversária de longa data Serena Williams (US$ 350 milhões).
Sharapova se tornou profissional em 2001 e estourou no cenário esportivo global em 2004, quando derrotou Williams para vencer Wimbledon aos 17 anos de idade. Seus únicos patrocinadores na época eram Nike e Prince, mas isso mudou rapidamente. A russa de 1,80 m era o sonho dos marqueteiros e seus agentes na IMG rapidamente capitalizaram. Ela assinou acordos com Tag Heuer, Canon, Motorola, Colgate-Palmolive e outros. O valor de seu acordo com a Nike dobrou. Seus ganhos anuais saltaram de US$ 3 milhões para US$ 18 milhões, o que a levou a ser a atleta feminina mais bem paga do planeta.
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Ela continuou a fechar acordos de patrocínio com Land Rover, PepsiCo e Sony. A Nike apresentou uma linha de roupas de tênis com seu nome, e sua sapatilha foi o sapato mais vendido da Cole Haan, ex-subsidiária da Nike.
Sharapova se tornou a maior atração da estrela da WTA Tour cobrando até US$ 500 mil por exibição. Ela usou sua fama para lançar sua própria linha de doces, a Sugarpova, em 2012, com planos de expandir a marca com roupas e acessórios.
Ela construiu uma base enorme de fãs nas redes sociais, com 15 milhões de seguidores no Facebook. Seus ganhos atingiram quase US$ 30 milhões em 2015, antes de sua suspensão de 2016 por usar meldonium, substância que havia sido recentemente adicionada à lista de proibições pela Agência Mundial Antidoping. Sharapova disse que tomava o medicamento havia uma década por causa de um histórico familiar de diabetes. Sua suspensão foi reduzida de dois anos para 15 meses em apelação.
Patrocinadores como Tag Heuer se afastaram de Sharapova, e seus ganhos extraquadra despencaram. Ela voltou ao tênis em 2017, mas foi prejudicada por uma lesão no ombro.
Apesar do doping, porém, patrocinadores continuaram gravitando em torno da atleta, que assinou um contrato de vários anos com a UBS logo após o término da suspensão. Nike, Evian, Head e Porsche continuaram com ela.
Sharapova jogou apenas 15 partidas no ano passado, e seu ranking mundial caiu para 373º nesta semana. Seu último torneio foi o Aberto da Austrália, no mês passado, onde perdeu na primeira rodada. Ela se aposenta com cinco títulos de Grand Slam entre suas 36 vitórias em singles, e é uma das dez mulheres a ter vencido todos as quatro principais competições de tênis. Ela foi classificada como número 1 do mundo em cinco oportunidades diferentes, durante um total de 21 semanas. Seus US$ 38 milhões em prêmios na carreira ocupam a terceira posição no ranking feminino, atrás de Serena (US$ 88 milhões) e Venus Williams (US$ 41 milhões).
“O tênis me mostrou o mundo –e me mostrou do que eu era feita. Foi assim que me testei e como medi meu crescimento”, tuitou Sharapova ontem. “E assim, no que quer que eu possa escolher para o meu próximo capítulo, minha próxima montanha, ainda continuarei me pressionando. Eu ainda vou subir. Eu ainda vou crescer.”
Sugarpova continua a ser um sucesso para Sharapova. A receita estava prevista para atingir US$ 20 milhões em 2019, de acordo com uma fonte. Sharapova, a empresária, estará em exibição amanhã, quando aparecer no “Shark Tank” da ABC pela segunda vez.
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