O dólar mostrava volatilidade hoje (6), oscilando entre territórios positivo e negativo em relação ao real, com os investidores atentos à atuação do Banco Central no câmbio depois da disparada da moeda norte-americana por 12 dias consecutivos, a sucessivas máximas recordes.
Nesta sessão, o Banco Central realizou leilão de 40 mil contratos de swaps tradicionais, vendendo o total da oferta de US$ 2 bilhões, dobrando a oferta em relação aos três leilões de até 20 mil contratos cada que aconteceram ontem (5).
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A medida extraordinária veio depois do salto do dólar por 12 sessões seguidas, renovando sua máxima recorde para fechamento nas últimas dez. Ontem, o dólar à vista fechou em alta de 1,54%, a R$ 4,651 na venda.
“Há uma pressão de fora, e por isso o BC está fazendo leilão, injetando liquidez no mercado”, disse Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora. “Não está surtindo efeito no momento, mas pode ser que essa medida ajude a aliviar a pressão sobre o real.”
Às 10:11, o dólar recuava 0,12%, a R$ 4,6456 na venda, e chegou a tocar a máxima histórica de R$ 4,6730 apesar das intervenções do Banco Central. O principal contrato futuro da moeda norte-americana tinha ganho de 0,77, a R$ 4,6515.
Em nota, a corretora Commcor disse que “analistas continuam o debate de que apenas uma atuação mais forte e continuada pode tornar a moeda (real) menos frágil”.
No exterior, o dólar perdia 0,87% em relação a uma cesta de moedas fortes, sendo derrubado pelo avanço do euro e do iene japonês. Uma onda renovada de aversão a risco impulsionava a divisa dos EUA em cerca de 0,8% contra o rand sul-africano e em 2,3% contra o peso mexicano.
Distritos financeiros de cidades no mundo todo começaram a ficar vazios e bolsas de valores caíam hoje à medida que o número de infecções por coronavírus se aproximava de 100 mil, levantando temores cada vez maiores sobre os danos econômicos causados pelo surto.
Enquanto isso, investidores aguardavam dados sobre o emprego fora do setor agrícola nos Estados Unidos, que serão divulgados às 10h30. Os mercados buscam uma sinalização sobre o mercado de trabalho norte-americano, que pode ser crucial para a maior economia do mundo em meio à crise de saúde.
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