O dólar operava em leve alta contra o real na primeira sessão de março, depois de registrar o maior avanço para fevereiro em 5 anos, com os investidores ainda temerosos em relação ao impacto econômico do coronavírus e de olho em possíveis medidas de estímulos de bancos centrais.
A doença originada na China segue se espalhando para novos países, mantendo nos mercados os temores que na semana passada derrubaram as principais bolsas internacionais e elevaram o dólar a máximas recordes sucessivas contra o real. Na última sexta-feira (28), o dólar avançou 0,13% em relação à divisa brasileira, a R$ 4,4811 na venda, pico histórico para fechamento.
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Hoje (2), às 10:05, o dólar avançava 0,15%, a R$ 4,4880 na venda. Na B3, o dólar futuro era negociado em alta de 0,08%, a R$ 4,4935.
Esse movimento, segundo nota da Commcor DTVM, é, mais uma vez, responsabilidade do coronavírus. “O Covid-19 continua mostrando uma velocidade de contágio, atingindo 58 países e apenas no domingo (1) registrando 1.739 novos casos”.
Os EUA já registraram sua segunda morte causada pela doença, enquanto a OCDE alertou hoje que o surto está afundando a economia mundial em sua pior recessão desde a crise financeira global.
No entanto, a sessão também era marcada por esperanças de resposta de autoridades. “Os bancos centrais mundiais começaram a mostrar maior preocupação e sinalizar ações para minimizar os efeitos na economia mundial”, disse a Commcor.
O chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, disse no final da sexta-feira (28) que o banco central dos Estados Unidos “agirá conforme apropriado” para apoiar a economia, enquanto o Banco do Japão e o Banco Central Europeu também se mostraram dispostos a agir.
Essa expectativa pressionava o dólar no exterior, com o índice da moeda norte-americana contra uma cesta de moedas caindo 0,5%, enquanto rand sul-africano, lira turca e dólar australiano, considerados ativos arriscados, registravam ganhos.
O Banco Central ofertará hoje até 13 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, para rolagem de contratos já existentes.
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