O dólar era negociado em alta contra o real hoje (11), voltando a superar R$ 4,67 depois de registrar maior queda em seis meses na sessão anterior, acompanhando o menor apetite por risco no exterior.
Às 10:08, o dólar avançava 0,45%, a R$ 4,6667 na venda, depois de chegar a subir para R$ 4,6750. O dólar futuro de maior liquidez operava em alta de 0,47%, a R$ 4,6765.
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Em todo o mundo, os investidores adotavam um tom mais cauteloso à medida que acompanhavam a rápida expansão do surto de coronavírus, que forçou vários governos e bancos centrais a anunciar medidas de emergência para evitar que a doença leve a uma nova recessão econômica.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem (9) que pedirá ao Congresso um corte de impostos sobre salários e outros movimentos de estímulo “muito importantes”, mas detalhes ainda não estão claros.
“A discussão se volta agora para o cronograma de implementação desse pacote – quando e quanto será de fato implementado, e se outros países seguirão esses passos e aplicarão estímulos para apoiar a economia”, disse em nota a XP Investimentos.
No exterior, a moeda norte-americana era negociada em queda contra uma cesta de rivais, uma vez que a aversão a risco fortalecia iene japonês e franco suíço, dois ativos procurados em tempos de cautela financeira ou geopolítica.
Ao mesmo tempo, os principais pares do real – peso mexicano, lira turca e rand sul-africano – tinham perdas acentuadas contra o dólar, cedendo entre 0,6 e 1,3%. A falta de clareza das medidas de Trump colaboravam para esse movimento, segundo a Commcor DTVM, e o movimento contaminava a moeda brasileira.
No âmbito doméstico, operadores analisavam dados sobre a inflação oficial do Brasil, que voltou a acelerar em fevereiro e ficou acima do esperado, mas registrou a taxa mais baixa para o mês em 20 anos.
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Além disso, o Banco Central segue intervindo nos mercados de câmbio, mas deixou de ofertar dólar à vista, como havia feito na véspera. Hoje, a autarquia vendeu 20 mil contratos de swap tradicional com vencimentos em agosto, outubro e dezembro de 2020.
O BC, na véspera, vendeu US$ 2 bilhões em moeda spot, o que ajudou a divisa norte-americana a cair 1,69%, a R$ 4,6457 na venda, maior baixa diária desde 4 de setembro de 2019.
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