A bolsa paulista experimentava uma trégua hoje (10), após ter a pior sessão em mais de 20 anos, acompanhando a recuperação de mercados no exterior, em meio a expectativas de ações coordenadas de governos e bancos centrais de todo o mundo para ajudar as economias em meio ao surto do novo coronavírus.
Às 12:03, o Ibovespa subia 2,7%, a 88.386,73 pontos. O volume financeiro era de R$ 11 bilhões.
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A alta vem após o Ibovespa ter fechado com queda de 12,17% ontem (9), no pior dia na bolsa em mais de duas décadas, marcado por circuit breaker, conforme decisões da Arábia Saudita derrubaram os preços do petróleo e adicionaram preocupações a um mercado já fragilizado pelo surto do coronavírus.
Ainda ontem, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus. Já o governo do Japão afirmou que planeja gastar mais de US$ 4 bilhões em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.
“A perspectiva de maiores gastos do governo está ajudando investidores a ignorar a ampliação nas medidas de contenção que reduzirão a atividade econômica”, destacou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group, destacando entre as medidas as restrições de deslocamento na Itália.
Do lado do noticiário sobre o vírus, o presidente da China, Xi Jinping, fez hoje sua primeira visita a Wuhan, cidade chinesa onde foram relatados os primeiros casos do Covid-19. Dados da Coreia do Sul também mostraram desaceleração de novos casos.
A possibilidade de estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Opep seguem possíveis ainda apoiavam a melhora do petróleo no exterior, com o Brent em alta de cerca de 7%, após registrar a maior queda em quase 30 anos na véspera.
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“Após uma ‘segunda-feira negra’, os ativos de risco estão abrindo em forte alta essa manhã. A possibilidade de uma atuação dos ‘policymakers’ para lidar com a crise, aliada a preços e ‘valuations’ mais atrativos está sustentando o mercado”, afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, mais cedo em sua conta no Twitter.
“Eu vinha com uma visão e um viés muito mais cauteloso e negativo nas últimas semanas. Neste momento, ainda vejo um cenário extremamente frágil e incerto. Ainda espero volatilidade, mas acredito que parte relevante desta incerteza tenha sido precificada nos ativos de risco.”
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