Autoridades sul-coreanas foram obrigadas a negar que o líder norte-coreano Kim Jong-un esteja gravemente doente após a realização de uma cirurgia cardíaca. O líder de 36 anos perdeu uma série de eventos estaduais importantes na semana passada e especulações sobre sua saúde foram desencadeadas quando, pela primeira vez, ele não compareceu ao evento de aniversário do fundador Kim Il-sung, que faria 108 anos em 15 de abril.
O porta-voz do presidente da Coreia do Sul foi forçado a negar a informação depois que a CNN informou que os Estados Unidos estavam “monitorando a inteligência” e que Kim Jong-un estaria correndo risco de morrer após a realização de uma cirurgia.
O líder da Coreia do Norte foi visto pela última vez pela mídia estatal em 11 de abril, presidindo uma reunião no governo sobre o combate ao coronavírus, segundo a agência de notícias sul-coreana “Yonhap”. Ele não participou do mais recente teste de armas de seu país, evento que ele sempre fez questão de prestigiar, de uma importante sessão parlamentar.
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Segundo o deputado Yoon Sang-Hyun, um dos principais assessores do presidente sul-coreano Park Geun-Hye, vários dos rumores sobre o estado de saúde de Kim Jong-un partiram de legisladores da Coreia do Sul. As teses foram de uma cirurgia no coração – ou no tornozelo – até uma possível infecção de Covid-19. Mas diplomatas citados pela “Yonhap” descartaram as especulações.
“Nenhum sinal incomum foi identificado na Coreia do Norte. Não há nada que possamos confirmar em relação ao suposto problema de saúde do presidente Kim”, disse o porta-voz presidencial da Coreia do Sul, Kang Min-seok.
No entanto, também não se sabe onde está Kim Jong-un. Segundo o site de notícias online “Daily NK”, que publica notícias sobre a Coreia do Norte, o líder da Coreia do Norte passou por uma cirurgia cardiovascular em 12 de abril por causa de “obesidade, tabagismo e excesso de trabalho”.
Com todas essas dúvidas, surgiram debates sobre quem seria o provável sucessor de Kim Jong-un caso ele fique incapacitado de governar. A Reuters compilou uma lista de possíveis sucessores que inclui a irmã Kim Yo Jong, um irmão afastado e uma tia. Kim assumiu o poder em 2011 e sua família governa a Coreia do Norte desde a sua fundação, em 1948.
Esta não é a primeira vez que Kim Jong-un desaparece. Em 2014, ele ficou 40 dias sem ser visto antes de ressurgir mancando e segurando uma bengala. Na época, a mídia estatal informou que ele sofria de uma condição médica desconfortável. Os esforços para confirmar o estado de saúde de Kim Jong-un são particularmente desafiadores, dada a natureza do estado norte-coreano.
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