O dólar tinha forte queda contra o real na manhã de hoje (6), dando pausa em seu rali após fechar a última sessão em nova máxima recorde, em meio a clima esperançoso nos mercados internacionais após queda no número de mortes por coronavírus na Europa.
Às 10:13, o dólar recuava 1,22%, a R$ 5,2613 na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro caía 1,64%, a R$ 5,2715. Na mínima do dia, a moeda norte-americana spot foi a R$ 5,2600, queda de 1,24%.
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“Hoje, os mercados ao redor do globo exibem sinais vigorosamente positivos, refletindo a excelente notícia de que a propagação do coronavírus está desacelerando no Estado de Nova York e em diversos países europeus”, disse em nota Jefferson Rugik, da Correparti Corretora.
O número de mortes pelo novo coronavírus na Espanha diminuiu pelo quarto dia consecutivo ontem (5), enquanto a Itália registrou seu menor número diário de óbitos em mais de duas semanas.
Nos EUA, Nova York, epicentro da doença no país, informou pela primeira vez em uma semana que as mortes por vírus no Estado caíram em relação ao dia anterior.
A esperança de que a curva de contágio nas principais economias do mundo tenha atingido seu pico impulsionava ativos arriscados nos mercados internacionais, com rand sul-africano, peso mexicano e dólar australiano, pares do real, ganhando contra a divisa norte-americana.
No entanto, destacou em nota a Infinity Asset, a incerteza em relação à disseminação da doença permanece. Além disso, no cenário doméstico, “os atritos entre Bolsonaro e Mandetta podem pesar localmente na volatilidade dos ativos, no que parece uma guerra de egos dentro do governo, em meio à situação global de extremo desconforto”, afirmou a corretora.
O presidente Jair Bolsonaro, ontem, disse a um grupo de apoiadores evangélicos que alguns de seus ministros estão “se achando” e viraram estrelas, ao mesmo tempo que alertou que “a hora deles vai chegar” e que não tem medo de usar sua caneta.
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Bolsonaro não citou nomes, mas as declarações vêm em meio a divergências públicas entre o presidente e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por causa da pandemia de coronavírus. Bolsonaro tem defendido o fim do isolamento social de toda a população e que apenas integrantes dos grupos de risco fiquem em casa para conter a disseminação do vírus, contrariando as orientações de Mandetta e da Organização Mundial da Saúde.
O dólar interbancário fechou a sexta-feira (3) em alta de 1,14%, a R$ 5,3261 na venda, nova máxima histórica para um encerramento. Esta é a primeira sessão de queda do dólar em sete pregões. A divisa norte-americana acumula alta de cerca de 31% em 2020.
Hoje, o Banco Central fará leilão de até 10 mil contratos de swap cambial reverso com vencimento em outubro de 2020 e janeiro de 2021.
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