Dois remédios anti-inflamatórios e contra o câncer estão sendo testados como possíveis terapias para pacientes de Covid-19, anunciaram as universidades britânicas de Birmingham e Oxford hoje (10).
Acredita-se que casos graves de Covid-19 são desencadeados por uma hiper reação do sistema imunológico, conhecida como tempestade de citocina, e pesquisadores estão investigando se remédios que suprimem certos elementos do sistema imunológico podem desempenhar um papel na contenção de uma escalada rápida dos sintomas.
O Namilumab, um anticorpo monoclonal da Izana Bioscience já nas fases finais de testes para tratamento de artrite reumatoide e uma doença inflamatória conhecida como espondilite anquilosante, é o primeiro de quatro candidatos do teste Catalyst.
Ele visa a uma citocina chamada GM-CSF, que se acredita que, em níveis descontrolados, é um catalisador essencial da inflamação pulmonar excessiva e perigosa vista em pacientes com Covid-19.
O remédio já está sendo testado como terapia para Covid-19 na Itália.
O segundo medicamento, Infliximab (CT-P13), desenvolvido pela Celltrion Healthcare UK, sediada na cidade inglesa de Slough, é uma terapia de fator de necrose tumoral alfa (TNF) usada para tratar oito doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a síndrome do intestino irritável.
Ben Fisher, investigador de testes coclínicos da Universidade de Birmingham, disse: “Indícios emergentes estão demonstrando um papel crítico de anti-inflamatórios na tempestade de citocina associada à infecção grave de Covid-19”.
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“No estudo Catalyst, esperamos mostrar, com uma única dose destes tipos de remédios em pacientes hospitalizados, que conseguimos adiar ou evitar a deterioração rápida para o tratamento intensivo e a exigência de ventilação invasiva neste grupo crítico de pacientes.”
Entre os outros remédios para doenças autoimunes que estão sendo estudados devido à sua capacidade de conter a tempestade de citocina em testes estão o Regeneron, o Kevzara da Sanofi, o Actemra da Roche e o otilimab da Morphosys e da GlaxoSmithKline.
A japonesa Takeda tem uma participação acionária estratégica na Izana. (Com Reuters)
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