Os alunos estrangeiros nos Estados Unidos, que chegam a centenas de milhares, terão que deixar o país se suas aulas só ocorrerem pela internet durante o outono no Hemisfério Norte, disse uma agência do governo norte-americano.
Não ficou claro de imediato quantos portadores de vistos de estudante serão afetados pela medida, mas os alunos estrangeiros são uma fonte de renda crucial para muitas universidades dos EUA, já que muitas vezes pagam mensalidades integrais.
A China ficou em primeiro lugar entre os países de origem de alunos estrangeiros nos EUA, com quase 370 mil durante o ano acadêmico de 2018-2019, de acordo com dados publicados pelo Instituto de Educação Internacional.
A Agência de Imigração e Alfândega (ICE) disse que não permitirá que portadores de vistos de estudante permaneçam no país se suas aulas forem totalmente online durante o outono. Estes estudantes precisam partir, ou correm o risco de serem submetidos a processos de deportação, segundo o anúncio.
A diretriz do ICE se aplica a portadores de vistos F-1 e M-1, que são para estudantes acadêmicos ou vocacionais. O Departamento de Estado emitiu 388.839 vistos F e 9.518 vistos M no ano fiscal de 2019, de acordo com dados da agência.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, disse aos repórteres em Pequim hoje que a China está acompanhando atentamente as mudanças de diretriz nos EUA e que fará tudo para proteger os direitos e interesses de alunos chineses.
Faculdades e universidades norte-americanas começaram a anunciar planos para o semestre de outono de 2020 em meio à pandemia de coronavírus. Ontem (6), Harvard anunciou que realizará cursos virtuais no ano acadêmico 2020-2021.
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A orientação não afeta os alunos que fazem cursos presenciais, nem os alunos com visto F-1 que fazem parte de cursos online, contanto que suas universidades certifiquem que sua instrução não é completamente virtual. Os alunos de programas vocacionais M-1 e de programas de treinamento em língua inglesa F-1 não poderão fazer aulas online.
O governo do presidente Donald Trump impôs uma série de restrições novas à imigração legal e ilegal nos últimos meses em reação à pandemia, entre elas a suspensão de vistos de trabalho para uma variedade de trabalhadores não-imigrantes em junho com o argumento de que estes disputam vagas com cidadãos norte-americanos. (Com Reuters)
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