A cirurgia das mamas é uma das mais realizadas em cirurgia plástica. As indicações são múltiplas, por motivação estética, funcional ou reparadora após tratamento cirúrgico de patologias.
Inúmeras são as técnicas cirúrgicas possíveis, onde podemos remodelar os tecidos mamários, empregarmos ou não próteses de silicone e ainda utilizarmos lipoenxertia.
A prótese mamária de silicone, apesar de sua ampla utilização, conhecimento científico e importante aplicação nos casos de reconstrução e aumento mamário, vem atualmente sendo objeto de controversa discussão em relação aos seus benefícios e riscos.
Como todo tratamento cirúrgico, as referidas complicações são bem controladas, principalmente quando o acompanhamento médico pós-cirúrgico é realizado de forma adequada, com exames periódicos e a troca das próteses em períodos de 10 anos.
Outra polêmica gira em torno da artificialidade das próteses mamárias. Aqui é importante dizer que este aspecto é consequência da demanda da paciente, ou seja, o emprego das próteses em cirurgia mamária pode ter aspecto natural ou artificial, dependendo da técnica realizada. Porém a utilização ou a recusa das próteses de silicone em cirurgia estética das mamas deve sempre ser uma opção da mulher. Esta escolha é possível sempre que existirem outras opções técnicas, que não empregam as próteses. Atualmente a lipoenxertia das mamas (enxerto de gordura da própria paciente) é largamente empregada, com resultados seguros e extraordinários, podendo-se realizar aumento, simetrização e camuflagem das próteses, quando necessário.
Não podemos ignorar o grande benefício do emprego das próteses de silicone em reconstrução mamária pós mastectomia no tratamento do câncer. Seu emprego é seguro e associado à lipoenxertia, permite uma excelente reparação para estas pacientes, com importante benefício quanto a qualidade de vida.
Portanto, a questão do emprego ou não das próteses mamária de silicone, deve ser baseada na opção pessoal da paciente, assim como o aspecto estético, lembrando-se que sempre dentro dos limites das possibilidades cirúrgicas e anatômicas de cada caso em questão.
Dr. João Carlos Sampaio Góes, especialista em mastologia e cirurgia plástica, é doutor em Patologia pela “Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo” e fundador e diretor técnico científico do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer – IBCC.
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