Nas últimas semanas recebi diversas mensagens em minhas redes sociais de pessoas com dúvidas sobre a utilização de suplementos alimentares depois que algumas notícias circularam informando uma possível relação dessas substâncias com uma maior mortalidade por alguns tipos de câncer.
Em primeiro lugar, vale esclarecer que a grande maioria das pessoas não precisa de suplementos alimentares.
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Depois, algumas evidências mostram que alguns suplementos como selênio, vitamina E e vitamina D em altas doses podem ter relação com o aumento de casos de óbitos por câncer.
Em relação às proteínas, como whey protein e a creatina, não há dados exatos sobre a segurança para pacientes oncológicos, não apenas pela questão da doença, mas pela sobrecarga renal.
Portanto, minha orientação é que o leitor mantenha sempre uma dieta saudável e procure, se for possível, uma orientação nutricional. A suplementação é benéfica em casos específicos, principalmente em pessoas com algum tipo de deficiência alimentar ou em dosagem de vitaminas.
Mas é importante entender que o excesso ou o uso indiscriminado dessas substâncias sem orientação não é saudável.
Lembre-se: o alimento pode ser um aliado no combate a várias doenças e no fortalecimento do nosso sistema imune. Uma alimentação variada é capaz de fornecer os nutrientes necessários para manter o bom funcionamento do nosso organismo.
E, para aqueles que precisam do apoio do uso de suplementos, ele deve ser sempre feito adequadamente sob a orientação e acompanhamento de nutrólogos e nutricionistas.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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