Começar a investir é sempre um desafio e, talvez por isso, essa pergunta seja uma das que eu mais recebo nas minhas redes sociais:
“Mira, se você fosse começar a investir hoje, o que faria?”
Eu costumo dizer que todo dia é um começo, e se você puder manter esse espírito ao longo de toda sua jornada de investimentos, as chances de cometer grandes erros diminui bastante.
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Aprender sobre investimentos é um processo contínuo e, depois que você aprende os conceitos básicos, vai querer aprender mais e mais, pois vai percebendo que quanto mais conhece, maiores as chances de otimizar seus ganhos e aumentar seu patrimônio.
Se você é investidor iniciante e tem dúvidas sobre o que fazer, vem comigo, pois vou te mostrar que não é complicado.
Com foco e disciplina é possível chegar muito longe, mesmo começando do zero, exatamente como eu comecei.
Qual o primeiro passo para começar a investir?
Antes de qualquer providência prática, você precisa definir o seu porquê.
Se você definir metas claras, conseguirá precificar essas metas e, dessa forma, definir prazos para conseguir os valores que necessita para cada uma delas.
E não adianta dizer “quero investir para ficar rico”. Isso não é uma meta, é um desejo. E é bacana que você tenha esse desejo, mas, você só conseguirá tomar providências práticas quando colocar preço nos seus sonhos.
Quer ficar rico para quê? Para viajar, comprar bens, fazer um curso no exterior, dar conforto para a família, parar de trabalhar… São muitos os motivos que fazem alguém desejar ter mais dinheiro, e cada um desses motivos pode ser expresso em valores financeiros.
Esse seria o meu primeiro passo e acredito que deva ser também o seu: definir metas, o prazo de cada uma delas e o custo.
Um degrau de cada vez
Se eu estivesse começando hoje a investir do zero, no momento de pôr a mão na massa, minha primeira providência prática seria compor a minha reserva de emergência.
Ter em um CDB de liquidez diária que pague 100% do CDI ou títulos do Tesouro Selic o valor equivalente a doze meses de salário é uma segurança que ninguém deve abrir mão. Esse dinheiro é aquele que não irá te dar rentabilidade significativa, pois não é o foco, mas ele te dá a segurança de saber que se imprevistos acontecerem, você não vai precisar se endividar para resolver.
Estando com a reserva de emergência constituída, meu passo seguinte seria definir o meu valor mensal de aportes e dividir esse valor em frações proporcionais às minhas metas, aportando em investimentos adequados a cada uma delas. Por exemplo:
- metas de curto prazo – CDB, LCI, LCA, Fundos de Renda Fixa
- metas de médio prazo – Fundos Multimercado, Pré-fixados
- metas de longo prazo – Ações, Fundos Imobiliários, Fundos de Ações
O percentual a investir em cada coisa não segue nenhuma regra específica. Cada vida, uma história, então, as metas, necessidades e capacidade de aporte variam muito.
O que define a proporção de cada investimento é a combinação entre o valor que você já tem, o valor que deseja ter e a rentabilidade que consegue dentro do período que definiu para atingir cada meta.
Não existe um planejamento padrão que sirva igualmente para todas as pessoas, e por isso eu ensino na minha mentoria Mira na Independência, as técnicas de investimento para que cada pessoa crie seu próprio plano de independência financeira.
Seja você um investidor iniciante, ou alguém que já possui algum patrimônio, não recomendo ficar seguindo modelos que não levem em conta aspectos específicos da sua vida. Te garanto: essa autonomia muda o seu jogo.
O mais importante é você diversificar seus investimentos seguindo um plano bem definido e sempre estudando muito, para fazer as escolhas que te coloquem mais perto dos seus sonhos.
Comece o quanto antes
Aqui, um lembrete para quem está começando do zero: muito mais importante do que o quanto é o quando. Não importa se no começo você irá investir R$ 10 por mês (e sim, é possível começar a comprar ações ou mesmo investir em alguns fundos de investimentos a partir desse valor) jamais tenha vergonha disso ou caia na armadilha de acreditar que por ser pouco, não compensa. Invista todos os meses!
Se o valor que você pode guardar agora é R$1 ou R$10, não tem problema, comece por ele, pois o importante é criar a disciplina do aporte mensal. Com o hábito criado, daí em diante é só ir se planejando para aumentar os valores gradativamente, conforme sua vida financeira for melhorando.
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Meu primeiro investimento na vida, foi feito com uns trocadinhos que eu consegui lavando carros. Era bem pouco dinheiro, mas pra mim, era o começo da minha fortuna!
Eduardo Mira é investidor profissional, analista CNPI, pós graduado em pedagogia empresarial, coordenador do MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos da Anhembi Morumbi, sócio do Clube FII e sócio fundador da holding financeira MR4 Participações.
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