Resumo:
- O Reputation Institute, empresa de serviços de medição e gerenciamento de reputação, publicou seu mais recente Country RepTrak, estudo anual da opinião pública a respeito dos países, baseado em uma pesquisa com cidadãos dos países do G8;
- Segundo Nicolas Georges Trad, diretor de operações do RI, a reputação determina se os indivíduos apoiam uma nação por meio de seus comportamentos, como, por exemplo, o quanto exportam, investem e visitam o local;
- O Top 3 do ranking é integrado pela Suécia (1ª), Suíça (2ª) e Noruega (3ª;);
- O Brasil posiciona-se no 34º lugar e mantém a mesma pontuação do PIB do ano passado.
Se você pudesse escolher entre duas semanas de férias na Nova Zelândia e uma no Irã, qual escolheria? Se a sua escolha for a primeira, há uma boa chance de você estar sob a influência da reputação do país. Mas como ela é definida? Eventos que ocupam as notícias de primeira página desempenham um papel importante, assim como as condições econômicas e ambientais, entre outras. Consciente ou inconscientemente, os indivíduos confiam nessas reputações ao decidir onde montar um negócio, morar ou viajar nas férias.
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“A reputação determina se as pessoas apoiam um país em função de seus comportamentos. Boa reputação significa mais exportações, investimentos e um número maior de turistas”, diz Nicolas Georges Trad, diretor de operações do Reputation Institute, empresa de serviços de medição e gerenciamento de reputação. Desde 2008, o RI publica o Country RepTrak, estudo anual da opinião pública a respeito dos países, que tem como base uma pesquisa realizada com cidadãos dos países do G8. Quando questionado sobre o motivo pelo qual determinados países foram selecionados para a pesquisa, Stephen Hahn-Griffiths, diretor de reputação da empresa, explicou: “O estudo fornece uma representação da opinião da população mundial”. Segundo ele, as respostas da análise são direcionadas e ponderadas pelas percepções das economias mais importantes. “O ranking deste ano revelou um aumento médio de 0,5 ponto na reputação das nações do Country RepTrak, o que é suficiente para compensar o declínio médio de 1 ponto registrado no ano passado”, disse.
“Os países viram uma redução da confiança em 2018 e um decréscimo geral na reputação”, diz Hahn-Griffiths. “Talvez as nações tenham ajustado sua retórica e a maneira como se identificam com o resto do mundo. Pode ter havido também uma melhoria nas tensões geopolíticas subjacentes ou menos agitação social, mas essas coisas apenas aumentaram marginalmente a reputação global dos países que medimos.”
Algumas das nações que aparecem no escalão superior da lista deste ano podem, à luz de eventos recentes, ser uma surpresa. O Canadá, por exemplo, apesar da polêmica da revelação da imagem do presidente Justin Trudeau com o rosto pintado de marrom, subiu um ponto e ocupa agora o 6º lugar, evidenciando um aumento possivelmente originado do fato de a pesquisa ter sido realizada entre março e abril de 2019.
O que não deve chocar ninguém, no entanto, é que a Suécia conquistou o topo da lista pelo segundo ano consecutivo. “Mesmo em relação a 2018, vimos uma melhoria significativa e, de várias maneiras, o país fortaleceu sua posição”, diz Hahn-Griffiths. “Não é de admirar que a Suécia seja a número 1, já que fez um trabalho incrível ao contar sua história.” A narrativa a que o executivo se refere não foi criada por acaso. Semelhante a uma estratégia de negócios, a história é uma coleção de folhetos e guias chamados “Sharing Sweden”, criados pelo Swedish Institute, uma agência governamental que tem o objetivo de moldar as percepções do país no exterior. O material explora tudo, desde o que a nação está fazendo para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência até como trabalhar ou administrar uma empresa no país. “A Suécia se comunicou bem por meio de uma equipe, e isso é super difícil de fazer”, diz Georges Trad. “Muitos países enfrentam desafios com as mensagens.”
Além da narrativa cuidadosamente elaborada, a maneira como a Suécia cuida de seus cidadãos é um capítulo à parte. A nação há muito tempo é elogiada por seu sistema universal de saúde e seu compromisso com a igualdade de gênero a torna uma das melhores do mundo em termos de paridade salarial, de modo que as mulheres suecas ganham US$ 0,82 para cada US$ 1 recebido pelos homens. Os países que também estão se saindo bem em diminuir as disparidades salariais entre os gêneros são a Suíça, Noruega, Finlândia e Nova Zelândia, que ficaram em 2º, 3º, 4º e 5º lugares na lista deste ano, respectivamente. O que talvez seja ainda mais impressionante é que a liderança da Noruega e da Nova Zelândia é de mulheres: as primeiras-ministras Erna Solberg e Jacinda Ardern, respectivamente.
Ao avaliar a reputação de uma nação, o RI considera se o país em questão possui uma economia avançada, um ambiente agradável e um governo eficaz. No passado, características como beleza, cultura, simpatia e estilo de vida desempenharam um papel central na determinação das percepções do público em geral, mas, este ano, outro fator surgiu como força motriz. “O desejo de um governo eficiente está se tornando desproporcionalmente mais importante”, diz Hahn-Griffiths. “Não se trata apenas da beleza estética de um país. Você pode viver, trabalhar e se divertir por lá, mas a nação é bem administrada?”, questiona.
Para determinar a lista, o RI consultou mais de 58 mil pessoas no Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos entre março e abril de 2019. Os 55 países considerados foram aqueles que apresentaram os maiores PIBs (produto interno bruto)e aqueles que eram familiares a pelo menos 51% da população dos países do G8.
Veja, na galeria de imagens a seguir, os 10 países com melhor reputação do mundo de 2019:
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Getty Images-K´Nub 34. Brasil:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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Getty Images 10. Irlanda:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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9. Países Baixos:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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8. Austrália:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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Anúncio publicitário -
7. Dinamarca:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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6. Canadá:
manteve sua pontuação com relação ao ano passado
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5. Nova Zelândia:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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4. Finlândia:
manteve sua pontuação com relação ao ano passado.
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3. Noruega:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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2. Suíça:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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Getty Images-K´Nub 1. Suécia:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
34. Brasil:
melhorou sua pontuação com relação ao ano passado
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