O ChatGPT, plataforma conversacional da OpenAI baseada em inteligência artificial, é o assunto do momento na tecnologia. Lançado em novembro do ano passado, o serviço chegou a um milhão de usuários apenas em cinco dias de seu anúncio. O Facebook levou dez meses para atingir essa marca. Apesar de toda euforia em torno da tecnologia, é natural que em alguns meses ela deixe de estar no centro das atenções.
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O gráfico da Gartner, que aponta o ciclo de vida de uma tecnologia, mostra que após um momento de grande euforia, ela tende a viver uma fase de desilusão até se consolidar. Vale ressaltar, no entanto, que ChatGPT não é sinônimo de inteligência artificial, conceito que está há décadas em desenvolvimento e que continua gerando impacto em uma série de indústrias.
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Em especial no Brasil, que tem um público engajado com a internet, outras plataformas geraram euforia, mas rapidamente perderam o interesse dos usuários. Isso ocorreu com o aplicativo de áudio Clubhouse, em 2021, com a plataforma alternativa ao Twitter Koo, no final de 2022 e também com o app de IA que modifica fotos: Lensa. No passado, o Google+ também passou por algo semelhante. Especialistas destacam que, mesmo que tais plataformas não tenham caído no gosto das pessoas no longo prazo não significa que elas fracassaram, já que muitas outras tiveram um tempo necessário de maturação.
Veja 4 plataformas que viveram o hype e a desilusão:
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Divulgação/Clubhouse Clubhouse
O Clubhouse é uma rede social que possui somente rodas de bate-papo com áudio para convidados, ou seja, para entrar no aplicativo precisa receber o convite de alguém que já tem uma conta na Clubhouse. O app foi lançado em 2020 pela Alpha Exploration Co. Em janeiro de 2021, a plataforma foi avaliada em US$1 bilhão, mas pouco tempo depois a popularidade foi caindo devido a exclusividade da plataforma e por conta que outras redes sociais também começaram a copiar o formato.
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Reprodução Lensa
O Lensa é um editor de fotos lançado em 2016 pela Prisma Lab Inc., que corrige algumas falhas das fotos e permite criar avatares com imagens compartilhadas pelo usuário. O recurso Magic Avatars só é disponibilizado na versão paga do aplicativo, possibilitando ao usuário a criação de imagens elaboradas com fundos e cenários diferentes através da IA. Especialistas acenderam um alerta para que os usuários fiquem atentos à apps como o Lensa, que recolhem informações pessoais e de aparência, pois não se sabe como essas informações poderão ser utilizadas futuramente.
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Getty Images Koo
O Koo surgiu como uma alternativa para usuários do Twitter após a circulação de rumores de que a rede social comprada por Elon Musk iria acabar. A rede social foi desenvolvida na Índia e possui design e alguns recursos semelhantes ao Twitter, muitos brasileiros se cadastraram na plataforma, mas especialistas afirmam que a rede social não ficou muito tempo no hype por conta que não caiu no gosto do público. Ainda existem alguns perfis ativos dentro do Koo, mas a atividade maior segue no Twitter.
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Divulgação/Google Google+
Em uma tentativa de emplacar a própria rede social, o Google lançou o Google+ como rival direto do Facebook, com recursos de comunicação e compartilhamento, além de permitir ao usuário o uso de outras ferramentas do Google junto a rede social. O Google+ teve seu fim decretado em abril de 2019, a decisão foi tomada ainda em 2018 após um vazamento dos dados de mais de 500 mil usuários aos desenvolvedores da plataforma. Para não perder todo o investimento, o Google+ virou uma rede social dedicada ao setor corporativo.
Clubhouse
O Clubhouse é uma rede social que possui somente rodas de bate-papo com áudio para convidados, ou seja, para entrar no aplicativo precisa receber o convite de alguém que já tem uma conta na Clubhouse. O app foi lançado em 2020 pela Alpha Exploration Co. Em janeiro de 2021, a plataforma foi avaliada em US$1 bilhão, mas pouco tempo depois a popularidade foi caindo devido a exclusividade da plataforma e por conta que outras redes sociais também começaram a copiar o formato.